Consumida desde a antiguidade: maçã ajuda a reduzir a pressão arterial e o colesterol; entenda
Fonte: O GLOBO | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet/ O GLOBO| Data: 28/10/2024 Segundo relatório da Universidade de Harvard a fruta é uma das mais populares e está entre as três mais produzidas no mundo Para longe vão as dietas que prometiam resultados “mágicos” para dar lugar a uma nova forma de alimentação baseada em hábitos conscientes e saudáveis. Nesse caminho, as frutas e vegetais são as estrelas porque são alimentos naturais que contêm múltiplos nutrientes, essenciais para manter o correto funcionamento do organismo. Entre elas, a maçã é um clássico que nunca sai de moda. É uma fruta consumida desde a antiguidade — os seus primeiros registos são da Ásia Central e das zonas temperadas da Europa — e que se orgulha pela quantidade de propriedades nutricionais que promovem a saúde. Por estas razões, existe um ditado saxão que a descreve perfeitamente: “uma maçã por dia mantém o médico longe”. Mas quais são os seus segredos? Um relatório da Universidade de Harvard indica que a maçã é uma das frutas mais populares e está entre as três mais produzidas no mundo. Além disso, destacam-se pela facilidade de armazenamento e transporte e, ao contrário de muitas outras frutas, estão disponíveis o ano todo. Para a nutricionista Lucila Rosso, ela é um alimento nobre, completo e ideal para manter em equilíbrio as funções vitais do corpo. “A maçã é excelente porque contém múltiplos nutrientes necessários ao corpo: contribui para regular a glicemia, o colesterol, a pressão arterial e a microbiota intestinal”, explica a especialista. A esse respeito, a nutricionista Silvina Tasat, membro da Associação Argentina de Nutrição, acrescenta que seu consumo é universal. “Não tem restrições e é muito bem tolerado”, diz. Para explicar seus benefícios, outro artigo da Universidade de Harvard cita um relatório da revista científica Critical Reviews in Food Science and Nutrition, que dá conta das vantagens geradas por esta fruta. Como revelam: “Comer uma maçã de tamanho médio todos os dias ajuda a reduzir a pressão arterial, o colesterol e a inflamação”. Aliada da saúde O que melhor caracteriza a maçã é o alto teor de água. “Entre 80% e 85% de sua composição é líquida, então seu consumo nos proporciona uma excelente hidratação”, destaca Rosso. Outro ponto que diferencia esse alimento é que ele tem baixo índice calórico: “uma maçã de 100 gramas tem em média 52 calorias”, afirma Julio Bragagnolo, chefe de Nutrição e Diabetes do Hospital Ramos Mejía. Ao mesmo tempo, pelo baixo teor de gordura — 0,2 gramas — e pelo nível de saciedade que gera, “faz com que seja um alimento essencial para quem quer perder peso”, afirma o especialista. A maçã também é rica em carboidratos. Segundo os especialistas consultados, 100 gramas contêm 14 gramas desse macronutriente “que vem na forma de frutose e para absorvê-la não precisa que o corpo libere insulina, por isso é ideal para pessoas que não têm uma boa glicemia manejo como no caso dos diabéticos”, explica Rosso. Por outro lado, a maçã é considerada uma aliada para retardar o envelhecimento celular e fortalecer o sistema imunológico graças ao aporte de vitaminas e minerais. Como descreve Rosso, seu alto teor de vitamina C e E atua como antioxidante e anti-inflamatório, portanto “fortalece as células e previne o desenvolvimento de doenças crônicas como a hipertensão; também resfriados e gripes do dia a dia.” Quanto aos minerais, a presença de potássio, “que se encontra na proporção de 107 miligramas por 100 gramas de maçã, é fundamental para quem tem hipertensão porque regula o nível de sódio no organismo”, afirma Rosso e. acrescenta que também é importante manter a contração ideal e a saúde muscular, especialmente em atletas ou idosos. Além disso, destaca-se a presença de cálcio e fósforo, que segundo Bragagnolo, colaboram no desenvolvimento da estrutura óssea, dentes e gengivas. A fibra natural é outro dos nutrientes presentes nas maçãs. A casca contém algo conhecido como pectina, que absorve água e toxinas. Quando isso ocorre, forma um gel que posteriormente será eliminado, por isso “é recomendado para pessoas que sofrem de prisão de ventre ou prisão de ventre”, acrescenta Rosso. Por outro lado, a polpa da fruta contém uma fibra chamada tanino “que ajuda a diminuir os episódios de diarreia”, diz Rosso. Então, “depende se você quer ou não acelerar o trânsito intestinal, é melhor comer descascado ou com casca”, ressalta a nutricionista. Essas fibras, por sua vez, ajudam a reduzir o colesterol ruim (LDL). Isto foi relatado em um relatório da Universidade de Harvard que, após analisar cinco investigações clínicas, observou que a ingestão de frutas tem impacto nas doenças cardiovasculares. Com base nisso, observaram uma melhora nos casos de consumo de maçãs frescas ou desidratadas. As melhores formas de consumir maçã Para incorporar todos os seus nutrientes, os especialistas consultados sugerem consumir maçãs frescas e cruas. Porém, ressaltam que existem variantes: pode ser cortado e salteado em saladas, ralado, assado no forno, em compotas ou purê. E em relação ao consumo em sucos, mencionam que não é recomendado, pois a fruta se quebra e perde nutrientes. Por sua vez, Tasat alerta que devemos ter cuidado para não ingerir as sementes porque quando chegam ao estômago e se combinam com o ácido clorídrico, que é um dos componentes do ácido gástrico e é produzido naturalmente no estômago para ajudar na digestão dos alimentos, pode gerar cianeto, substância que impede que o oxigênio chegue às células e elas parem de funcionar. Cheia de nutrientes, a maçã é uma alternativa para incluir na alimentação diária ao longo do ano e ao longo da vida. Além de fácil de obter, é prático de transportar e não necessita de geladeira. Uma boa alternativa na hora do lanche ou como sobremesa.
Não gosta de atividade física? Veja como mudar isso
Fonte: CNN Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet| Data: 20/10/2024 Quando você pratica exercícios regularmente, o corpo libera endorfina, um hormônio que gera sensação de bem-estar e prazer A prática de atividade física é uma das recomendações mais frequentes para melhorar a saúde física e mental. No entanto, para muitas pessoas, manter uma rotina de exercícios é um desafio e a atividade física acaba se tornando uma verdadeira “tortura”. Mas como mudar essa situação e fazer com que o exercício se torne algo leve no dia a dia? Para responder essa e outras perguntas, a reportagem da CNN conversou com dois especialistas que listaram seis dicas. Veja! Escolha algo que você goste A primeira dica e talvez a mais importante é encontrar uma atividade que combine com seu estilo de vida e interesses pessoais. O educador físico Tauan Gomes explica que não existe um exercício ideal para todo mundo e buscar um que traga prazer ajuda a fazer com que você não desista no meio do caminho. “Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), atividade física é qualquer movimento corporal que envolve os músculos e que resulte em gasto de energia acima do nível de repouso. Então, ela pode ser desde musculação na academia ou com peso corporal em casa, futebol, corrida na rua ou uma caminhada, vôlei, basquete, natação, dança, yoga, pilates ou artes marciais. Tudo isso lhe trará benefícios na saúde do corpo e da mente, aumentando o nível de energia, confiança e qualidade de vida, além de diminuir o risco de doenças ” diz. Inicie de forma gradual Começar com treinos pesados pode desmotivar rapidamente, por isso o ideal é começar devagar e aumentar a frequência e intensidade à medida que o corpo vai se adaptando. “A recomendação geral é que os adultos façam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana. Isso pode ser dividido em sessões de 30 minutos, cinco vezes por semana. O importante é encontrar uma frequência que se encaixe na rotina que a pessoa consiga manter”, explica Adriana Araújo, educadora física, especialista em Fisiologia, Treinamento Funcional e Emagrecimento. Tenha metas realistas Uma boa forma de manter a motivação é estabelecer metas realistas e alcançáveis. A sensação de progresso ao atingir essas pequenas metas cria um ciclo positivo, fazendo com que a pessoa sinta mais prazer na atividade física.“É importante também, ter metas pequenas e alcançáveis como, por exemplo, buscar reduzir 2 kg por mês, perdendo 500g por semana e celebrando cada conquista. Além disso, variar as atividades pode manter o treino interessante”, detalha Araújo. Faça da atividade física um compromisso Para quem não gosta de treinar, tratar a atividade física como parte da agenda de compromissos do dia ajuda a fazer com que a pessoa não “arrume desculpas” para faltar. Também é importante escolher horários em que a pessoa esteja mais disposta, como de manhã ou logo após o trabalho, para evitar o cansaço excessivo como justificativa para adiar os treinos. “Tenha rotina ou um horário fixo. Tente organizar horários específicos na agenda para treinar, assim como faria para qualquer outro compromisso importante”, acrescenta Araújo. Busque companhia Realizar atividades físicas em grupo ou com amigos pode tornar a experiência mais prazerosa. Treinar com alguém não só incentiva a não faltar, como também transforma o momento de exercício em algo social. Além disso, atividades ao ar livre, como caminhadas em parques, pedalar ou praticar esportes coletivos, são boas formas de unir exercício e convivência social. “Outra forma de melhorar a adesão nos primeiros meses é se juntar a um grupo que já pratica a modalidade. Além de criar relacionamento que facilitará a aproximação com a atividade escolhida, existe um estudo conhecido como”efeito Kohler” que retrata a melhora nos resultados de atividade quando é realizada em equipe do que feito de forma individual. Entende-se que a presença de outras pessoas pode motivar a dar o seu melhor”, acrescenta Gomes. Lembre-se dos benefícios Por fim, é importante lembrar dos benefícios que a atividade física proporciona. Não se trata apenas da questão estética, mas da saúde como um todo. Quando você pratica exercícios regularmente, o corpo libera endorfina, um hormônio que gera sensação de bem-estar e prazer. Além disso, os ganhos de energia, disposição e melhoria no sono são grandes incentivos.Para aqueles que têm dificuldade em se motivar, pode ser útil manter um registro dos progressos e das mudanças positivas que a atividade física proporciona, como a melhora na qualidade de vida.
Qual a quantidade recomendada de açúcar e sal na nossa alimentação?
Fonte: CBN | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet| Data: 11/04/2024 O consumo moderado está entre as recomendações da OMS. Entre as recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde estão: manter boa hidratação, consumo de fibras, não exagero no consumo de gordura e consumo moderado de sal e açúcar. Mas, qual seria o consumo ideal desses dois? De acordo com Márcio Atalla, o fundamental é sempre se atentar para a moderação. Nesse sentido, o sal não deve passar mais que 5 gramas por dia. Já o açúcar precisa representar, no máximo, 5% da alimentação diária, o que daria, em média, 100 calorias.
Saiba como evitar perda de equipamentos com picos de energia
Fonte: CBN | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 15/10/2024 Dispositivos que custam a partir de R$ 40 podem ajudar a evitar o transtorno. Dispositivos que custam a partir de R$ 40 podem ajudar a evitar a perda de eletrodomésticos na época de chuva, em que picos de energia são mais comuns. Afinal, quem não pensa no computador, na geladeira ou no micro-ondas quando começa a chuva forte acompanhada de raios? Isso se você já não teve um equipamento em casa que queimou por surto de energia. Em São Paulo, por exemplo, após o apagão, muita gente enfrentou esse problema. O Engenheiro Eletricista e Engenheiro de Segurança do Trabalho do Senai-DF, Shinnayder Veloso, explica que os DPSs – Dispositivos de Proteção Contra Surtos – podem ser encontrados em lojas de materiais de construção, de equipamentos elétricos ou lojas virtuais. Há três tipos. O mais comum é como se fosse um adaptador de tomada – e é o mais barato. “O dispositivo Classe 1 é colocado no padrão de entrada da residência. Ele é um equipamento mais parrudo, digamos assim, e aguentaria surtos de maior intensidade. O Classe 2 é colocado no quadro de distribuição, no quadro elétrico da casa. E tem também o DPS Classe 3, que é colocado pontualmente no dispositivo que você quer proteger. Ele é como se fosse um adaptador, que é colocado no plugue da tomada. Tem dentro dele um dos componentes, o varistor, que faz a função de desviar e proteger o surto”, explica. DPSs ajudam a evitar perda de equipamentos com picos de energia — Foto: Reprodução Os dispositivos de proteção podem chegar a R$ 300 reais. Enquanto um deles é de fácil manuseio, os outros dois demandam um profissional para instalação, já que é preciso fazer uma ligação mais trabalhosa com a rede elétrica. Quanto a esse de uso individual, o especialista chama atenção que quem não pode colocar na casa inteira, pode priorizar os equipamentos mais caros – como televisão, geladeira, e máquina de lavar. Ele também ressalta que hoje já existem réguas de energia que já vem como o DPS embutido. DPSs ajudam a evitar perda de equipamentos com picos de energia — Foto: Reprodução Outra dica para quem quer e pode gastar um pouco mais é o aterramento da rede elétrica, que ajuda a dissipar as cargas. Outra opção é a velha prática – e a mais barata – de tirar os equipamentos da tomada quando começar os temporais.
Vacina contra dengue pode ser produzida em larga escala no Brasil em um ano
Fonte: CBN | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 17/10/2024 Assim como fez com a astrazeneca, vacina contra covid, Fiocruz pediu ao Ministério da Saúde para produzir vacina contra a dengue no Brasil, por transferência de tecnologia em parceria com o laboratório japonês Takeda. Especialistas avaliam que em um ano é possível produzir a vacina contra a dengue em larga escala, havendo autorização do Ministério da Saúde para que a Fiocruz realize a produção. A Fundação Oswaldo Cruz formalizou o pedido ao governo nos últimos dias, para fazer um acordo de transferência de tecnologia com o laboratório japonês Takeda, e passar a produzir a vacina qdenga. Durante o pico de casos da doença, a ministra Nísia Trindade, mencionou algumas vezes em entrevistas, ainda em março, que acordo de parceria estava sendo fechado, e que levantamento da capacidade de produção nacional já estava sendo feito pela fundação. Fontes do setor avaliam que dependendo do tipo de modalidade do contrato, a produção aqui no país pode começar rapidamente, e a vacina estar disponível no Programa Nacional de Imunizações em um ano. Essa mesma parceria foi feita pela Fiocruz para produção da vacina Astrazeneca, contra a covid-19. O tipo de acordo com a Takeda, para produção da Qdenga, ainda não foi divulgado. Mas há acordos em que há transferência de IFA – que são os componentes da vacina – e a Fiocruz finalizaria o processo no país – ampliando a produção. Esse é o mais rápido. E há outro tipo em que a fundação receberia a tecnologia e formulação, mas teria que comprar e importar os componentes – o que pode demorar mais, devido a necessidade de certificação dos fornecedores. Hoje, todas as vacinas do Brasil são da japonesa Takeda, que para conseguir atender a demanda da rede pública até restringiu a venda à laboratórios privados. A notícia do pedido de produção agora é vista com bons olhos pelo setor privado. O consultor do mercado privado, Marcos Tendler, diz que a produção pode resultar em a volta da qdenga a laboratórios particulares. “É interessante para o Brasil, e tem também uma correlação entre o mercado público e o privado, porque a partir do momento que a Fiocruz recebe a tecnologia e se tornar autossuficiente na produção da vacina, o fabricante poderia manter todo o fornecimento para o mercado privado. E aí você teria os dois ambientes que são completamente complementares, o público e o privado, ofertando simultaneamente a vacina para a população, que foi uma questão muito debatida no último verão, de 23 para 24, porque quando o Ministério adquiriu as doses, isso levou um desabastecimento no mercado privado”, explica. Em nota, a fiocruz informou que mais informações sobre a produção, poderão ser detalhadas após a avaliação da proposta encaminhada.
Tempo seco e queimadas agravam alergias respiratórias
Fonte: CBN | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet| Data: 08/09/2024 Dr. Celso Taques Saldanha fala sobre os riscos e o que fazer para minimizar os impactos O clima seco e as queimadas são uma combinação perigosa que intensifica problemas respiratórios, como asma e rinite, alerta o Dr. Celso Taques Saldanha, membro da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Em entrevista ao Show da Notícia, o médico destacou os impactos das baixas umidades e da poluição atmosférica gerada pelas queimadas no Brasil, que contribuem para uma série de doenças respiratórias. Saldanha explicou que a umidade do ar, idealmente em torno de 60%, tem caído para níveis críticos em várias regiões, favorecendo desde sintomas leves, como irritação nasal e faringite, até quadros graves como bronquite e pneumonia. Além disso, o ar poluído pelas queimadas libera partículas que penetram no sistema respiratório e afetam até o sistema cardiovascular, aumentando o risco de tromboses e problemas cardíacos. O que fazer para minimizar os impactos? Entre as recomendações do especialista para minimizar os impactos, estão a hidratação constante, o uso de umidificadores de ar e sprays nasais, além de cuidados específicos com crianças e idosos, que são mais vulneráveis. Ele também destacou a importância de evitar ambientes secos e quentes, além de manter as vias nasais hidratadas com soro fisiológico ou géis específicos. Apesar de ser comum associar as alergias respiratórias ao pólen ou ácaros, Saldanha lembrou que os poluentes também são grandes vilões nesta época do ano, exacerbando rinites, asmas e outras doenças respiratórias crônicas. Para quem já sofre com esses problemas, o médico recomenda acompanhamento contínuo e a consulta a especialistas para ajustar o tratamento conforme necessário. Ele também chamou a atenção para a importância da manutenção e limpeza dos filtros de ar-condicionado, especialmente em ambientes fechados, como ônibus, para evitar a circulação de poluentes e outros agentes irritantes.
Purificador ou umidificador? Saiba diferença e como melhorar ar em casa
Fonte: CBN | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet| Data: 14/09/2024 Entenda o que é possível fazer para aliviar efeitos da seca e das queimadas no ar dentro de casa. Com a seca rigorosa e os reflexos das queimadas, muita gente tem recorrido aos umidificadores de ar para tentar aliviar os efeitos nocivos à saúde — a procura por esses equipamentos cresceu até 485% no comércio online. Além do umidificador, ainda existem o purificador e o climatizador no grupo de equipamentos para controle do ar dentro de casa. Saiba qual é a diferença entre eles e qual é o mais indicado para o momento de crise climática vivido no Brasil. Para que serve o umidificador? O equipamento pode aumentar a umidificação do ar entre 30% e 40%. Apesar de baixa, a porcentagem sinaliza um respiro, tendo em vista que algumas regiões registraram umidade relativa do ar abaixo de 20%, quando o recomendado pela OMS é que a umidade fique acima de 60%. Para que serve o purificador? Já o purificador funciona filtrando o ar, evitando a proliferação dos ácaros e bactérias. Em um momento em que a poluição está alta, ele pode ajudar a manter o ar mais limpo. Para que serve o climatizador? No grupo de equipamentos para controle do ar, existe ainda o climatizador, que ameniza a temperatura do ambiente, melhora a umidade (mas esse não é o foco) e faz o ar circular, com menos potência que um ventilador. Umidificador ou purificador: qual a melhor opção? Apesar de o umidificador funcionar aliviando a secura do ar, que está alta, se for preciso escolher entre um deles, especialistas recomendam os purificadores de ar. Isso porque, ainda que os aparelhos não adicionem umidade ao ambiente, ajudam a filtrar a poluição, que está alta por conta das queimadas no país. O pneumologista Paulo Correa explica que, diferente do umidificador, o purificador possui filtros que ajudam a deixar o ar mais limpo e fresco. Ele defende, no entanto, a necessidade de ações que minimizem os impactos dos efeitos climáticos, já que o equipamento apenas ajuda no momento, mas não pode ser usado como solução para o problema que está no ar. Dos mais simples aos mais complexos, os purificadores podem custar de 100 e 4.000 reais. Solução caseira da toalha com água ajuda? Uma opção econômica pode ser molhar uma toalha com água gelada e estendê-la na cabeceira da cama ou em uma cadeira no ambiente. Espalhar bacias com água pela casa também ajuda. Assim, a água vai evaporar com o efeito do calor, elevando a umidade do ar.
Anvisa autoriza início de testes de vacina inédita para hanseníase no Brasil
Fonte: CBN | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 14/10/2024 Imunizante será testado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A LepVax será a primeira vacina para a doença avaliada no país durante testes clínicos. Brasil é o segundo país com maior número de casos no mundo, atrás apenas da Índia. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (14), o início de testes no Brasil da vacina inédita para hanseníase. O imunizante LepVax será testado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A vacina será a primeira para a doença avaliada no país durante testes clínicos. Podem participar pessoas entre 18 e 55 anos que nunca tiveram a doença. Com duração de cerca de 14 meses, o objetivo do estudo é confirmar a segurança da vacina. Chefe substituta do Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e líder científica do ensaio clínico da LepVax, Verônica Schmitz, considera histórica o estudo no Brasil. Hanseníase O Brasil é o segundo país com maior número de casos da doença no mundo, atrás apenas da Índia. De 2014 a 2023, foram quase 245 mil novas infecções, segundo o Ministério da Saúde. Apenas em 2023, foram 22.773 novos casos. A hanseníase é uma doença negligenciada, que pode provocar lesões graves na pele e nos nervos. Com tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a doença tem cura. O projeto é financiado pela entidade filantrópica American Leprosy Missions (ALM), dos Estados Unidos, que lidera o desenvolvimento da vacina desde 2002. O estudo no Brasil também tem financiamento do Ministério da Saúde e do fundo japonês ‘Global Health Innovative Technology Fund’ (GHIT Fund). A Fundação de Saúde Sasakawa, do Japão, é parceira da pesquisa.
Quando o calor se torna perigoso à saúde e como se proteger
Fonte: BBC Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 26/09/2024 Em meio à sétima onda de calor que o Brasil vive neste ano, o que acontece com o nosso corpo quando exposto a temperaturas extremas? Por que corremos mais riscos? E quais cuidados devemos tomar? Com temperaturas entre 5 e 10 graus acima da média, o cenário fez com que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitisse um alerta vermelho. Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, mesmo que algumas regiões do Brasil frequentemente experimentem altas temperaturas durante o mês de novembro, e os brasileiros estejam geralmente mais adaptados ao calor em comparação com populações de outros países, a situação é particularmente perigosa devido à sua intensidade. O que acontece Quando o ar fica mais quente que a temperatura da pele, que normalmente é de 36°C a 37°C, ou se o suor não evapora, começamos a ganhar calor, e a temperatura central do nosso corpo sobe gradativamente. No entanto, se esse aumento não for controlado e a temperatura corporal continuar subindo, respiração, pele, rins e coração podem ser afetados. As consequências podem variar desde um simples mal-estar ou dor de cabeça até a morte, nos casos mais graves (veja recomendações sobre como se proteger ao fim desta reportagem). Um estudo recente mostrou que países tropicais como o Brasil enfrentarão provavelmente condições “perigosamente” quentes quase diariamente até ao final do século. “Perigoso”, neste caso, refere-se à probabilidade de exaustão pelo calor, a perda excessiva de sais (eletrólitos) e líquidos devido ao calor. A exaustão pelo calor não vai causar sua morte se você conseguir pará-la e desacelerá-la — ela é caracterizada por fadiga, náusea, batimentos cardíacos lentos e possivelmente desmaios. Mas você já não pode trabalhar nessas condições. O índice de calor indica quando é provável que uma pessoa atinja esse limite. O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês) define como “perigoso” um índice de calor de 39,4°C e “extremamente perigoso” de 51,7°C. Se uma pessoa atingir temperaturas “extremamente perigosas”, pode sofrer insolação, uma condição muito séria. Nesse nível, você tem algumas horas para procurar atendimento médico para esfriar seu corpo ou suas chances de morte aumentam consideravelmente. “À medida que a temperatura externa aumenta, cresce a pressão sobre o nosso organismo para manter a temperatura interna, que gira em torno de 36,5°C. A frequência cardíaca aumenta como um mecanismo compensatório, assim como a pressão arterial”, diz Lucas Albanaz, clínico geral, coordenador da clínica médica do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, e mestre em Ciências Médicas. “Dependendo da gravidade do caso, pode ocorrer até a morte, seja pela desidratação extrema, por enfarto ou até mesmo por Acidente Vascular Cerebral (AVC ou derrame)”, acrescenta ele. ‘Termorregulação’ Nosso corpo passa por uma série de ajustes para regular a temperatura interna quando está “em estresse térmico”, ou seja, quando fica exposto a temperaturas extremas. Quando exposto ao calor, a primeira reação do organismo é a transpiração e a dilatação dos vasos sanguíneos periféricos. No entanto, em temperaturas muito altas, especialmente quando também está úmido, o mecanismo de resfriamento do suor se torna menos eficaz, levando ao superaquecimento corporal, insolação e possíveis danos aos órgãos. Isso porque a umidade do ar influencia na transpiração — quando o nível da umidade relativa do ar (umidade atmosférica) está alto em um dia quente, o suor na nossa pele não consegue evaporar de forma eficiente no ar, sendo, portanto, mais difícil regular a temperatura corpórea. Por essa razão, os efeitos do calor extremo no corpo tendem a ser diferentes dependendo da área onde você estiver. “A atual onda de calor é bem ampla, vai atingir cerca de 15 estados. Se pensarmos numa característica básica, a onda de calor será mais seca, com baixos índices de umidade do ar, especialmente em áreas interioranas, longe do litoral, onde valores mais baixos de umidade predominam mais (interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Gross, por exemplo), já em áreas litorâneas, como na costa do Paraná, de São Paulo e no Rio de Janeiro, a umidade fica em bons níveis (acima de 60%)”, diz à BBC News Brasil Carine Gama, meteorologista da Climatempo. Ela ressalva, contudo, que “mesmo nas áreas interioranas, parte ou outra tem previsão de chuva mais isolada, o que aumenta a umidade. Vale lembrar que a mesma oscila muito ao longo do dia”. Crianças e idosos Albanaz também lembrou que os riscos são maiores para determinados grupos, especialmente crianças e idosos. Os bebês e as crianças são particularmente vulneráveis, em parte porque perdem líquidos mais rapidamente do que os adultos e dependem de cuidadores para os ajudar a se resfriar. Já as pessoas mais velhas tendem a ter maior probabilidade de ter problemas de saúde como a diabetes, o que as colocam em maior risco, e os seus corpos respondem ao calor de forma diferente do que os das pessoas mais jovens. Os idosos produzem menos suor por glândula e os vasos sanguíneos mudam à medida que envelhecemos, o que torna mais difícil o bombeamento do sangue para a pele e o resfriamento corporal. Mas pessoas com problemas de saúde pré-existentes, aquelas que fazem uso de medicações que, por algum motivo, as tornem mais vulneráveis ao calor e trabalhadores que estão expostos ao sol (como vendedores ambulantes) também precisam tomar cuidado extra. Alguns antidepressivos e antipsicóticos podem afetar a produção de suor, enquanto medicamentos para tratamento de doenças cardíacas, como remédios contra a hipertensão, podem causar desidratação e afetar os rins. Até atletas de alto nível, como jogadores de futebol profissionais, podem sofrer com o calor extremo — por essa razão, especialistas recomendam evitar qualquer exercício físico entre 12h e 16h. Pesquisas também sugerem que o calor extremo também pode afetar a saúde mental. Um estudo de 2018 publicado na revista científica Nature Climate Change constatou que o aumento da temperatura está ligado a taxas de suicídio mais elevadas: para cada aumento de 1° C na temperatura média mensal nos EUA, as taxas de mortalidade por suicídio aumentaram 0,7%. Segundo os autores da pesquisa, as altas temperaturas podem
Por que rir nos torna humanos, segundo a filosofia
Fonte: Correio Braziliense | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 08/10/2024 A capacidade humana de rir tem sido objeto de muitos debates filosóficos. Um dos grandes temas da filosofia é o questionamento sobre nós mesmos. O que nos torna humanos? Uma longa tradição filosófica, que abrange toda a Antiguidade ocidental até o brilhante erudito Isidoro de Sevilha (cerca de 560-636), responde a esta pergunta com a teoria antropofilosófica do homo risu capax. Segundo ela, a característica própria e exclusiva do ser humano é a nossa capacidade de rir. O filósofo espanhol expõe a teoria na sua principal obra, Etimologias. Isidoro afirma que “o homem é um animal racional, mortal, terrestre e bípede” – e conclui: “Incorporamos, por fim, algo que lhe é exclusivo: sua capacidade de rir, já que o riso só é próprio do homem.” A teoria na Antiguidade A teoria do homo risu capax tem sua origem filosófica em Pitágoras de Samos (570 a.C.-490 a.C.). Segundo o filósofo grego Jâmblico (245-325), o riso, para Pitágoras, “frente aos demais seres vivos, é próprio do homem; alguns o definem como um ser propenso ao riso”. Isso porque a capacidade de rir é o que marca sua “distinção e diferenciação”. No mesmo sentido, Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) afirma na sua obra Das Partes dos Animais que “o motivo por que apenas o ser humano sente cócegas não é apenas a finura da sua pele, mas também porque o homem é o único animal capaz de rir”. Já o teólogo Clemente de Alexandria (cerca de 150-215), em sua obra O Pedagogo (Ed. Ecclesiae, 2014), afirma que “não é porque o homem é um animal que ri que as pessoas devem rir de tudo”. Ele aceita o ser humano como risu capax. E o filósofo sírio Porfírio (cerca de 234-305) afirma em Isagoge (Ed. Attar, 2015) que “ser capaz de rir é um predicado único do homem”. Segundo ele, o que é característico “é aquilo em que se unem para formar uma única [espécie], para todos e sempre, bem como, para o homem, ser capaz de rir; pois, embora não ria sempre, afirma-se que ele tem esta capacidade (…) de forma inata.” Da mesma forma, Agostinho de Hipona (354-430), em Sobre o Livre-Arbítrio (Ed. Ecclesiae, 2019), defende que brincar e rir são “atos próprios do homem”, embora sejam duas das “suas mais ínfimas perfeições”. Censura filosófica A capacidade de rir também foi analisada na Antiguidade do ponto de vista ético. Entre seus detratores, destacam-se os próprios pitagóricos, como defende o historiador Diógenes Laércio (180-240) no livro Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres (Ed. Camelot, 2024). Ele afirma que uma das prescrições pitagóricas era “não se deixar dominar pelo riso”. Jâmblico, mencionado acima, também afirma que um dos mandamentos pitagóricos mais secretos dizia “não se entregue a um riso irresistível”. Para Pitágoras, o riso “representa todas as paixões”. Já Platão (428 a.C.-347 a.C.), em A República (Ed. Edipro, 2019), sentencia: “É inaceitável que homens de valor se apresentem dominados pelo riso.” E Aristóteles, em Problemas, defende que “o riso é uma espécie de transtorno e fraude”. A filosofia desenvolvida pelos padres da Igreja Católica também se posicionou contrária ao riso. Autores como Basílio de Cesareia (cerca de 330-379), Ambrósio de Milão (cerca de 340-397) e João Crisóstomo (cerca de 347-407), além de Leandro de Sevilha (cerca de 534-600) e Agostinho de Hipona, são alguns exemplos. Este último, no livro Contra os Acadêmicos (Ed. Vozes de Bolso, 2014), afirmou que “não há nada mais humilhante do que o riso”. Já Leandro, no seu tratado Da Instituição das Virgens e do Desprezo do Mundo, comenta o “degradante espetáculo do riso”. Em um ponto intermediário, encontramos o filósofo judeu Fílon de Alexandria (cerca de 15 a.C.-50 d.C.), que defende que “Deus, sem dúvida, é o criador do riso virtuoso” e que “a finalidade da sabedoria é a diversão e o riso, não o praticado de forma imprudente pelos néscios, mas o de quem tenha se tornado sábio, não somente pela sua idade, mas também pelas suas boas reflexões”. Em defesa da gargalhada No terceiro grupo, encontramos os filósofos que defendem o riso. Epicuro (341 a.C.-270 a.C.), no livro Sentenças Vaticanas (Ed. Loyola, 2014), afirma que “é preciso rir ao mesmo tempo em que é preciso filosofar”. Ou seja, o riso não deve apenas deixar de ser censurado, mas também é tão necessário quanto a racionalidade. É possível escrever filosofia de forma humorística, buscando o riso do leitor? Do ponto de vista epicurista, sim. Eu também procurei fazer isso no meu livro El Filósofo Hispalense: Biografía Hiperbólica de San Isidoro de Sevilla (“O filósofo sevilhense: biografia hiperbólica de Santo Isidoro de Sevilha”, em tradução livre). Já Cícero (106 a.C.-43 a.C.), em Do Orador, afirma que o riso propicia a boa disposição da plateia. Por um lado, ele provoca a admiração sobre a perspicácia do orador, fazendo ver que ele é uma pessoa culta, educada e experiente. E, por outro, as brincadeiras e o riso desfazem situações desagradáveis ou de difícil resolução com argumentos. Mas, se existe um defensor do riso na filosofia antiga, este é Sêneca (cerca de 4 a.C.-65 d.C.). Em Cartas a Lucílio (Ed. Fund. Calouste Gulbenkian, 2014), ele defende que é forte e capaz de triunfar perante a dor aquele que “não deixou de rir, mesmo quando seus algozes, irritados por este fato, lançaram contra ele todos os recursos da sua crueldade”. Por isso, o riso é tão eficaz quanto a razão para superar a dor. “Não será vencida pela razão a dor derrotada pelo riso?”, pergunta-se ele. Em Da Tranquilidade da Alma (Ed. L&PM, 2009), Sêneca recomenda seguir o exemplo de Demócrito (cerca de 460 a.C.-370 a.C.) e não o de Heráclito (cerca de 500 a.C.-450 a.C.). Este último era conhecido por chorar, mas o primeiro, por rir – pela sua atitude risonha no fazer e no pensar. Para Sêneca, é mais humano rir da vida do que se lamentar – e merecem mais gratidão aqueles que riem da vida do que os que choram por ela. Existem outros animais capazes de rir? Nas últimas décadas, foram realizadas pesquisas para demonstrar que o riso não é exclusivamente humano, mas também próprio de outros animais. Mas, até