Cientistas descobrem como reduzir o risco de demência

Fonte: Correio Braziliense | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 23/04/2025 Cientistas descobrem como reduzir o risco de demência A pressão alta pode culminar não apenas em doenças cardiovasculares, mas também em problemas neurológicos. Tratar adequadamente a condição pode reduzir o risco de demência e de comprometimento cognitivo, de acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Medicine nesta segunda (21/4).  A pesquisa de 48 meses avaliou que um grupo medicado contra a hipertensão obteve um controle melhor da pressão arterial em comparação às pessoas que não tomavam a medicação. Tal gerenciamento intensivo da pressão arterial reduziu o risco de demência por todas as causas em 15%, e o de comprometimento cognitivo em 16%. A descoberta revela uma ligação direta entre o desenvolvimento de problemas neurológicos a partir da hipertensão.  Cardiologista do Hospital de Brasília Águas Claras, Stephanie Mares explica que o aumento da pressão arterial dentro do cérebro pode provocar um fenômeno chamado microangiopatia, uma lesão vascular pelo efeito dessa sobrecarga pressórica que leva a uma alteração chamada demência vascular. Em 2024, um artigo publicado no periódico científico Neurology já havia destacado que pessoas com hipertensão não tratada tinham uma chance 42% maior de desenvolver doença de Alzheimer, uma das principais formas de demência, em comparação com pessoas com a doença controlada.   Stephanie pontua que o controle da pressão é feito a partir do uso de medicamentos anti-hipertensivos e mudança do estilo de vida (com cessação de tabagismo, sedentarismo e outros comportamentos deletérios). “Hoje em dia as medicações estão cada vez mais modernas e com menos efeitos colaterais. Uma vantagem é que muitas delas estão disponíveis gratuitamente”, acrescenta. 

Combinação de dois medicamentos simples pode evitar mortes por infarto

Fonte: Correio Braziliense | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 16/04/2025 Estudo com mais de 36 mil pacientes mostra que a combinação de dois medicamentos simples, acessíveis e com poucos efeitos colaterais usados logo após o infarto, pode evitar milhares de mortes em uma década. Um tratamento complementar recebido logo após o primeiro infarto pode salvar milhares de vidas, segundo um estudo europeu publicado no Journal of the American College of Cardiology. Com base em dados de 36 mil pacientes atendidos entre 2015 e 2022 no Hospital Universitário de Skane, na Suécia, os pesquisadores concluíram que a combinação de estatinas e ezetimiba — medicamentos e acessíveis usados para reduzir o colesterol “ruim” — ao longo de 12 semanas diminui o risco de um segundo evento cardiovascular e de óbito. Doenças do coração e do sistema circulatório são as que mais matam no mundo.  Embora o acidente vascular cerebral (AVC) seja a principal causa de morte, o evento cardiovascular mais comum é o infarto do miocárdio. Segundo Carlos Alberto Pastore, cardiologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), o infarto ocorre devido à insuficiência de sangue oxigenado na região do coração, algo que ocorre quando há bloqueio ou entupimento de uma veia coronária. “A falta de irrigação leva o miocárdio (músculo cardíaco) a entrar em um processo de necrose, podendo resultar em óbito”, explica.  Nos 12 primeiros meses após o primeiro infarto, o risco de um segundo evento e de morte decorrente é maior porque os vasos sanguíneos estão mais sensíveis, o que facilita a formação de coágulos. Uma das estratégias para evitar a recorrência é reduzir o LDL, o chamado “colesterol ruim”, o que estabiliza as alterações vasculares. Atualmente, as diretrizes globais de tratamento incluem o uso de estatinas de alta potência imediatamente após um ataque cardíaco. Caso o paciente não responda adequadamente, também é receitado o tratamento complementar, com ezetimiba.  Ineficaz Porém, segundo Margrét Leósdóttir, professora da Universidade de Lund, na Suécia, e coautora do estudo, muitas vezes, o paciente sofre o segundo infarto ou morre antes de se receitar a terapia complementar. “Essa intensificação do tratamento leva muito tempo, é ineficaz e os pacientes são perdidos”, disse, em nota. “Ao administrar aos pacientes um tratamento combinado mais cedo, podemos ajudar a prevenir muitos outros ataques cardíacos.” No estudo mais recente, os pesquisadores analisaram os dados de pacientes com ataque cardíaco que receberam uma combinação de estatinas e ezetimiba (dentro de 12 semanas após o infarto), estatinas com ezetimiba adicionada posteriormente (entre 13 semanas e 16 meses) ou apenas estatina. O resultado mostrou que aqueles do primeiro grupo conseguiram reduzir o colesterol para o nível desejado precocemente, tiveram um prognóstico melhor e risco reduzido de novos eventos cardiovasculares ou de óbito, comparado aos demais.  Para os pesquisadores, muitos novos ataques cardíacos, derrames e mortes poderiam ser prevenidos a cada ano no mundo se a estratégia de tratamento fosse alterada. Em um cenário em que 100% dos pacientes recebessem ezetimiba precocemente, eles estimam que 133 infartos poderiam ser evitados em uma população de 10 mil pacientes em três anos. No Reino Unido, onde ocorrem 100 mil internações por causas cardiovasculares anualmente, isso equivaleria a prevenir 5 mil eventos em uma década, exemplificaram os autores.  Custos “No momento, pacientes não estão recebendo esses medicamentos juntos. Isso está causando ataques cardíacos e mortes desnecessárias e evitáveis — e também gera custos desnecessários para os sistemas de saúde”, destaca Kausik Ray, pesquisador da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, em Londres, e coautor do estudo. “Nossa pesquisa mostra o caminho a seguir; os caminhos de tratamento devem agora mudar para os pacientes após esse tipo de evento cardíaco”, defende. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 400 mil morrem por ano de doenças cardiovasculares, e o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta mais de R$ 1 bilhão anualmente no tratamento de enfermidades do tipo.  Margrét Leósdóttir esclarece que a terapia combinada não é aplicada, inicialmente, por dois motivos: não consta das diretrizes atuais, e os médicos seguem o princípio de precaução. “Esse princípio é aplicado para evitar efeitos colaterais e excesso de medicação”, explica. “No entanto, há efeitos positivos na aplicação de ambos os medicamentos o mais rápido possível após o infarto. Não fazer isso acarreta um risco aumentado. Além disso, o medicamento que examinamos no estudo causa poucos efeitos colaterais, está prontamente disponível e é barato em muitos países.” Os autores esperam que o resultado da pesquisa sirvam de embasamento para mudar as recomendações globalmente. Na Suécia, um algoritmo tem sido usado para prescrever o tratamento para o “colesterol ruim” em pacientes que sofreram infarto do miocárdio. Segundo Leósdóttir, observou-se que os níveis desejados da gordura são atingidos mais cedo. “Dois meses após o infarto, o dobro de pacientes reduziu o colesterol ruim para o nível desejado”, relata. Perguntas para Noara Barros Ribeiro, cardiologista e intensivista, coordenadora da UTI Neurocardiológica do Hospital Anchieta, rede Kora Saúde Por que há risco elevado de novo episódio nos primeiros 12 meses após um infarto? Após um infarto agudo do miocárdio, há um aumento do risco de novos eventos cardiovasculares como reinfarto, isquemia recorrente e óbito, principalmente nos primeiros meses a um ano. Esse risco é devido a alterações biológicas que acompanham a síndrome coronariana aguda, como inflamação, disfunção endotelial e de coagulação e podem se elevar a depender de fatores como idade, alterações de enzimas cardíacas, alterações no eletrocardiograma, além da dislipidemia, tabagismo, diabetes, sedentarismo e dieta inadequada. No Brasil, a combinação dos medicamentos citados no estudo já é prescrita logo após o primeiro infarto? No Brasil, segundo as últimas diretrizes, ainda não é preconizada a associação de medicamentos de imediato após infarto agudo do miocárdio. A ezetimiba é indicada quando não se alcança a meta de LDL recomendada mesmo após dose máxima de estatina tolerada. Em um paciente classificado como muito alto risco cardiovascular, que inclui aquele pós-infarto agudo do miocárdico, a meta de LDL é menor do que 50mg/dL e de não HDL menor que 80mg/dL. Entretanto, o que se observa no

Probióticos para pele realmente funcionam?

Fonte: Correio Braziliense | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 17/04/2025 As bactérias e fungos que vivem na pele desempenham um papel surpreendente na manutenção da nossa saúde. É possível estimulá-los? Se você arranhar a superfície da pele, vai encontrar uma comunidade de bactérias vivendo nela. Isso é uma coisa boa, à medida que as pesquisas mostram cada vez mais que ter o “tipo certo” de micróbios pode ajudar a manter nossa pele jovem, macia e suave por mais tempo. Simplesmente por estarem presentes, as “bactérias boas” nos protegem de infecções causadas por micróbios patogênicos e prejudiciais. Elas também ajudam a cicatrizar feridas, e podem até mesmo neutralizar alguns dos efeitos nocivos dos raios UV. Mais um motivo para cuidarmos do microbioma da nossa pele. Mas como podemos fazer isso? Um método que tem se tornado cada vez mais popular é o uso de probióticos tópicos para a pele — o que tecnicamente significa aplicar microrganismos vivos na pele para melhorar sua saúde. Já em 1912, cientistas esfregavam bactérias no rosto das pessoas na tentativa de melhorar condições como acne e seborreia — uma forma comum de dermatite que causa uma erupção cutânea vermelha, com coceira, além de escamas brancas ou amareladas. Atualmente, há dezenas de empresas de cuidados com a pele que vendem o que descrevem como produtos probióticos, de séruns a produtos para limpeza e hidratantes. Em todos os casos, os bálsamos oferecem o reequilíbrio do delicado microbioma da pele, deixando-a “renovada” e “revigorada”. No entanto, embora os produtos de cuidados com a pele frequentemente afirmem ser “probióticos”, muito poucos ou praticamente nenhum deles realmente contêm bactérias vivas. Além disso, como os tratamentos probióticos para a pele são classificados como “cosméticos” — e não como medicamentos, seus fabricantes não precisam compartilhar os resultados dos testes realizados com seus produtos. Por isso, é difícil saber quão eficazes eles são. “As regras relativas a produtos para cuidados com a pele são muito diferentes das regras relativas a medicamentos. Portanto, as alegações podem ser feitas com base em testes menos rigorosos do que seriam feitos para um agente farmacêutico”, explica Richard Gallo, dermatologista da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA. A maioria dos produtos “probióticos” para cuidados com a pele contém prebióticos — nutrientes que alimentam e estimulam o crescimento de bactérias boas na pele — ou posbióticos — proteínas ou outros produtos produzidos por bactérias benéficas. “O que estamos vendo cada vez mais são abordagens que tentam influenciar o microbioma”, diz Bernhard Paetzold, cofundador e diretor científico da S-Biomedic, empresa que tem como objetivo tratar condições restaurando o microbioma da pele por meio de “transplantes” bacterianos. De acordo com Paetzold, a principal razão para isso é que é extremamente difícil manter as bactérias vivas durante todo o processo de fabricação, armazenamento e distribuição. Uma vez na pele, não há garantias de que elas vão se fixar, pois precisam lutar para competir com os milhões de outros micróbios que já vivem lá. A ideia de promover um microbioma saudável para a pele está enraizada na teoria de que as bactérias e os fungos que vivem na parte externa do nosso corpo ajudam a nos proteger daqueles que podem nos prejudicar. No entanto, a ciência por trás de como certas bactérias “nocivas” podem contribuir para doenças de pele ainda não é totalmente compreendida. O que sabemos é que pessoas com eczema, rosácea, acne e psoríase têm diferentes tipos ou níveis de determinadas bactérias vivendo em sua pele. “O que existe no momento são muitos artigos mostrando que quase todas as doenças de pele imagináveis estão associadas a uma mudança no microbioma da pele”, diz Paetzold. “Mas esta observação mostra apenas uma associação. Ela não diz que a mudança no microbioma causa a doença. Também pode ser que a doença mude o ambiente da pele, e é por isso que a população bacteriana muda.” Para provar que uma determinada cepa de bactéria está causando uma doença, você precisaria causar a doença de pele em uma pessoa saudável, aplicando as “bactérias nocivas” no rosto, ou curar a doença aplicando bactérias “boas”. Enquanto a primeira opção provavelmente esbarra em barreiras éticas, alguns pesquisadores estão tentando a segunda. Os poucos ensaios clínicos publicados mostram, no entanto, resultados promissores. A maioria se concentra no uso de bactérias vivas para tratar eczema, condição também conhecida como dermatite atópica. Eles se baseiam nas descobertas de que a pele de pessoas com eczema é dominada por Staphylococcus aureus, uma bactéria que muitas vezes pode ser patogênica. “Um dos grandes problemas da pele em doenças como eczema é que certas bactérias patogênicas, como a S. aureus, vivem na superfície da pele e causam erupções cutâneas, doenças e infecções”, diz Gallo, cujo grupo de pesquisa tem procurado maneiras de aproveitar o microbioma da pele para combater as bactérias nocivas que prosperam em pacientes com eczema. “Nós exploramos os tipos de bactérias que normalmente vivem na pele saudável, procurando bactérias que possam produzir coisas que combatam essas bactérias ruins”. A equipe de Gallo está se concentrando na Staphylococcus hominis, uma bactéria natural da pele que está presente em 21% das pessoas saudáveis, mas em apenas 1% dos pacientes com dermatite atópica. “Nossa pele oferece às bactérias comensais, como a S. hominis, um local seguro para viver, de modo que algumas delas desenvolveram uma maneira de proteger seu ambiente destas bactérias nocivas que estão tentando invadir”, explica Gallo. No caso da S. hominis, a bactéria produz peptídeos antimicrobianos — pequenos fragmentos de proteína — que matam diretamente a S. aureus. Ela também produz substâncias químicas chamadas “peptídeos autoindutores”, que impedem que as células bacterianas se comuniquem umas com as outras. Algumas bactérias, como a S. aureus, sinalizam umas para as outras quando sua densidade populacional atinge um determinado nível — um mecanismo conhecido como quorum sensing (sensor de quórum) — desencadeando a secreção de toxinas que podem causar inflamação na pele. Interromper esta comunicação pode impedir que as toxinas sejam liberadas. Em 2021, a equipe de Gallo conduziu um estudo controlado randomizado de fase um com 54 adultos com dermatite atópica, aplicando um creme contendo S. hominis viva ao longo de uma semana. Os

Estudo revela ligação entre higiene bucal e enxaqueca em mulheres

Fonte: Correio Braziliense| Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 14/04/2025 Uma pior saúde bucal está relacionada ao maior número de agentes patológicos orais, o que pode aumentar as dores, conforme a pesquisa. Mulheres com maus hábitos de higiene bucal estão mais propensas a ter enxaqueca e outras dores no corpo, de acordo com pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Sydnei, na Austrália. A equipe analisou dados de 158 mulheres não fumantes, sem diabetes ou doenças crônicas que moravam em Auckland, na Nova Zelândia, entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022. Os resultados do estudo demonstram que as mulheres com menores índices de saúde bucal apresentavam maior propensão a sofrer enxaquecas e dor no corpo no geral. Isso porque uma pior saúde bucal está relacionada ao maior número de agentes patológicos orais. Por exemplo, a presença de bactérias do gênero Lancefieldella e a bactéria Mycoplasma salivarius, que está presente na boca de muitas pessoas e geralmente é considerada “inofensiva”, foram associadas à enxaqueca. “Os baixos valores de saúde oral correlacionaram-se com valores mais elevados de dor. Ambos foram associados a uma maior abundância relativa de agentes patogênicos orais. Isto sugere um papel potencial para o microbiota oral na etiologia da dor sentida pelas mulheres com enxaqueca e dor abdominal e corporal. Estes resultados levam a considerar a existência de um eixo microbioma oral-sistema nervoso”, afirmam os cientistas na pesquisa. Saúde bucal em mulheres Ao Correio, a dentista e coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Aria, Maria Leticia Bucchianeri, explica que a saúde bucal das mulheres está sujeita a diversas alterações ao longo da vida. “Já na infância, os dentes nascem mais cedo nas meninas, o que as torna mais suscetíveis à doença cárie, uma vez que os dentes estão por mais tempo expostos aos fatores de risco desta doença. Na puberdade, ao longo dos ciclos menstruais, durante a gravidez, e no climatério e menopausa, as alterações hormonais tornam as mulheres mais vulneráveis a quadros de inflamação gengival e até de doenças periodontais”, esclarece. Além disso, os hormônios femininos influenciam na microbiota que coloniza a placa bacteriana, uma camada pegajosa e incolor constituída por bactérias, saliva e partícula de alimentos que se forma sobre os dentes. “As flutuações hormonais a que as mulheres são submetidas ao longo de sua vida podem influenciar o equilíbrio da microbiota, ora permitindo que a placa bacteriana seja colonizada por bactérias mais patogênicas (“agressivas”), ora fazendo que nosso sistema imunológico responda de uma maneira mais exacerbada frente à presença da placa bacteriana, causando quadros mais intensos de inflamação gengival”, expõe a profissional.

Anvisa aprova primeira vacina para chikungunya no Brasil

Fonte: Correio Braziliense| Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 14/04/2025 A liberação da Anvisa representa um passo decisivo para a aprovação da vacina do Butantan. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (14/4), o pedido para registro definitivo da vacina contra a chikungunya no Brasil, encaminhado pelo Instituto Butantan, em parceria com a Valneva, empresa farmacêutica franco-austríaca. O imunizante, de dose única, será indicado para a prevenção da doença em pessoas com 18 anos ou mais. O imunizante demonstrou induzir produção robusta de anticorpos neutralizantes contra o vírus chikungunya em estudos clínicos que avaliaram adultos e adolescentes que receberam uma dose do imunizante. Segundo a Anvisa, a vacina é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.  “Para a publicação do registro, a Anvisa definiu, em conjunto com o Instituto Butantan, um Termo de Compromisso que prevê a realização de estudos de efetividade e segurança da vacina, e de atividades de farmacovigilância ativa para ampliar o conhecimento sobre o perfil de eficácia e segurança da vacina.   O imunizante já havia sido aprovado por outras autoridades internacionais, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA), para a prevenção da Chikungunya”, destacou a Anvisa. Segundo o governo de São Paulo, para que a vacina chegue, de fato, aos braços da população, alguns passos regulatórios ainda devem ser cumpridos. O Instituto Butantan está trabalhando em uma versão com parte do processo realizado no Brasil. As modificações usam componentes nacionais e será melhor adequado à incorporação pelo Sistema Único de Saúde, pendente análise pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) e demais autoridades de saúde. “A partir da aprovação pelo Conitec, a vacina poderá ser fornecida estrategicamente. No caso da chikungunya é possível que o plano do Ministério seja vacinar primeiro os residentes de regiões endêmicas, ou seja, que concentram mais casos”, afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan. A Chikungunya é uma doença transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. O vírus Chikungunya foi chegou ao continente americano em 2013 e ocasionou uma epidemia em diversos países da América Central e ilhas do Caribe. No segundo semestre de 2014, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Bahia. Atualmente, todos os estados registram transmissão desse arbovírus. 

Entenda a importância da atividade física para a saúde vascular

Fonte: Correio Braziliense| Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 06/04/2025 Hábitos saudáveis e exercícios ajudam a melhorar a circulação sanguínea. A boa circulação sanguínea é essencial para a saúde do organismo, pois distribui oxigênio e nutrientes para os tecidos. Para funcionar de maneira eficiente, a prática regular de atividades físicas é indispensável, já que estimula o fluxo sanguíneo e contribui para a prevenção de problemas vasculares. Segundo o Dr. Thiago Villari, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo (SBACV-SP), a prática de exercícios físicos beneficia tanto as artérias quanto as veias. “O movimento regular auxilia no controle de fatores de risco como obesidade, colesterol elevado, diabetes, hipertensão e estresse, além de prevenir doenças arteriais. No sistema venoso, fortalece a musculatura das pernas, especialmente das panturrilhas, melhora o bombeamento do sangue e reduz as chances de varizes, que afetam grande parte da população e causa dor, inchaço e problemas mais graves, como trombose e úlceras venosas”, explica. Perigos do sedentarismo Passar longos períodos sentado ou em pé sem se movimentar aumenta a probabilidade de doenças cardiovasculares, favorecendo o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos. Esse quadro resulta em complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e insuficiência renal. Em casos extremos, a má circulação pode levar a doenças arteriais que, se não tratadas, evoluem para amputações. A permanência na mesma posição por horas seguidas compromete a circulação venosa, causa inchaço e aumenta o risco de varizes. Em situações mais graves, a trombose venosa profunda (TVP) é uma das principais preocupações. Esse problema está associado a diversos fatores de risco, como: Embora o exercício físico não tenha relação direta com esses fatores, a mobilidade desempenha um papel essencial na prevenção. Alternar posturas, alongar as pernas e estimular a musculatura ajudam a evitar a formação de coágulos, além de reduzir significativamente o risco de trombose e suas consequências. Exercícios benéficos para a saúde vascular Todos os tipos de exercícios físicos são benéficos, desde que respeitem as condições individuais. O mais importante é escolher atividades que estimulem a circulação e favorecem o retorno venoso. Caminhada, musculação, pilates, bicicleta e natação estão entre as opções mais recomendadas, pois fortalecem a musculatura das pernas e impulsionam o sangue de volta ao coração. Pacientes com desgaste articular ou artrose no quadril e membros inferiores se beneficiam de práticas corporais sem impacto, como natação e hidroginástica, que preservam as articulações e favorecem a circulação. Na terceira idade, movimentos de baixo impacto ajudam a prevenir inchaço, trombose e dores nas pernas, além de melhorar a mobilidade. Como algumas condições exigem restrições, a orientação médica é essencial para garantir segurança e eficácia. A avaliação multidisciplinar inclui um ortopedista, essencial para orientar a escolha dos exercícios mais seguros. “Com uma avaliação adequada, é possível definir as melhores opções para cada caso”, destaca o Dr. Thiago Villari. Pequenas mudanças diárias fazem diferença Optar por escadas em vez de elevadores, movimentar-se a cada duas horas e ativar a musculatura das pernas são atitudes acessíveis que também ajudam manter a circulação em equilíbrio. Mesmo em escritórios, alongamentos simples para os pés e panturrilhas auxiliam a manter o fluxo sanguíneo adequado e reduzem os riscos do sedentarismo prolongado. Criar hábitos saudáveis desde cedo facilita a continuidade da atividade física ao longo da vida. Além de melhorar a disposição e o bem-estar, o exercício regular previne doenças crônicas. “Quanto mais cedo a prática se torna parte da rotina, maiores são os benefícios para a saúde e a qualidade de vida no futuro. Nunca é tarde para começar a se movimentar. Pequenas mudanças no dia a dia trazem grandes benefícios para a circulação e a qualidade de vida”, conta o cirurgião vascular. Outras medidas para manter a saúde vascular Além da atividade física, mudanças no estilo de vida fortalecem a saúde vascular. Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e gorduras saudáveis ajuda a manter a circulação eficiente. Evitar excesso de sal, açúcar e alimentos ultraprocessados, controlar o peso, a glicemia e evitar o tabagismo são medidas essenciais para a saúde do sistema circulatório.

Mulheres podem ficar calvas? Entenda diagnóstico de Xuxa

Fonte: Correio Braziliense | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 28/03/2025 Ao Correio, especialista desmistifica alopecia androgenética, doença que acomete a apresentadora e milhões de homens e mulheres A apresentadora e cantora Xuxa Meneghel falou, durante conversa com Ana Maria Braga no programa Mais você, da Rede Globo nessa quinta-feira (27/3) sobre o próprio diagnóstico de alopecia androgenética, ou calvície, que provoca perda de cabelos no couro cabeludo tanto em homens quanto em mulheres. Em 2022, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) calculou que 42 milhões de pessoas são acometidas pela doença no país. De origem genética, a patologia, mais comum na população masculina, também afetou a mãe de Xuxa. Devido à perda de fios, a cantora resolveu raspar tolamente o cabelo e, atualmente, conforme revelou à Ana Maria, faz, há pouco mais de um mês, procedimento de transplante capilar. “Esses cabelinhos vão cair e depois vão nascer”, explicou. “A partir de agosto ou setembro, volto a usar minha ‘xuquinha’.” A artista, que nesta quinta (27/03) celebrou o aniversário de 62 anos, deixou um alerta para o público feminino. “Mulher tem medo, ou tem vergonha de falar, ou acha que não deveria”, disse. “Eu queria falar para muitas mulheres terem coragem, porque a alopecia existe.” O que é a alopecia androgenética Ao Correio, a dermatologista Rosicler Rocha Aiza Alvarez, da Clínica Aiza, explica que a “alopecia androgenética, também conhecida como calvície, é uma patologia muito frequente em homens, mas também em mulheres, que leva à queda gradativa dos cabelos da cabeça”. Segundo ela, a doença pode ser causada por alterações hormonais e por herança genética. A profissional esclarece que as manifestações da alopecia são diferentes nos diferentes gêneros. “Nos homens é mais frequente na parte anterior do couro cabeludo, laterais e frontais (as famosas entradas) e no vértice do couro cabeludo”, afirma. “Já nas mulheres, ocorre uma rarefação dos pelos, predominantemente no centro do couro cabeludo.” Na população do sexo feminino, o problema ocorre principalmente na pós-menopausa, devido a defeito na transformação de testosterona em outro hormônio que atua diretamente no crescimento de pelos: eles ficam cada vez mais finos até desaparecerem. “Vale lembrar que o pelo não cai de uma vez, mas aos poucos, pois fica enfraquecido”, reforça Rosicler. Fator genético Segundo a dermatologista, “a herança genética pode favorecer o início” da alopecia, mas não a determina. “Hoje sabemos (que) genética não é destino”, complementa. “Muito se sabe que escolhas alimentares, estilo de vida, como também o ambiente em que vivemos, são os principais gatilhos para a carga genética ser ativada.” Apesar disso, “se na família já existir o histórico da doença, é importante prevenir e procurar tratamento com médico dermatologista”. Por isso também, é preciso ficar atento ao início dos sintomas, que, de acordo com Rosicler, trata-se de processo individual e varia muito de pessoa para pessoa: “Em homens, ocorre com mais frequência após a adolescência, início da vida adulta; e em mulheres ocorre quando apresentam doenças endocrinológicas e após a menopausa, mas pode ocorrer em qualquer época da vida adulta”. Prevenção e tratamento A especialista garante que é possível prevenir e tratar a calvície, por meio de correção de causas e deficiências que provocam a doença. “Uso de medicações orais, tratamentos tópicos, uso de tecnologias para potencializar a absorção de substâncias que atuam diretamente no fortalecimento dos fios”, elenca algumas possibilidades. “Quanto antes iniciar o tratamento, melhor será a resposta, mas, se o tratamento for iniciado tardiamente, existe a possibilidade de fazer um transplante capilar.” Vale lembrar, porém, que, antes de qualquer coisa, a condição de saúde do paciente deve ser avaliada por um médico. Outras causas de queda de cabelo Nem toda perda de fios, porém, significa calvície. “Atualmente muito se fala sobre queda de cabelo, e muitas vezes não tem nada a ver com a alopecia androgenética”, tranquiliza Rosicler. “Vivenciamos com frequência, no consultório, pacientes que enfrentam uma queda de cabelo importante por alterações hormonais (por deficiências ou excessos) e deficiências nutricionais causadas por dietas muito restritivas e/ou uso de medicações para emagrecimento, como as ‘canetas emagrecedoras’ que estão na moda, e com uso indiscriminado, sem orientação médica”, alerta. “A alopecia androgenética é uma doença milenar, e pode ser confundida com outros tipos de alopecia, por isso é muito importante procurar um médico dermatologista clínico para fazer o diagnóstico e propor o tratamento adequado.”

Bruxismo não acontece só à noite: saiba tudo sobre o quadro

Fonte: CNN Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 31/03/2025 Conheça o principal desencadeador da condição e outros sinais além da mandíbula apertada e do ranger de dentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o hábito de ranger os dentes e apertá-los involuntariamente acomete cerca de 30% da população mundial. No Brasil, a taxa é ainda maior, podendo chegar a 40%. Denominada bruxismo, a condição está relacionada a diversos fatores e seus sintomas são variados. Entenda a seguir. Causas e sintomas do bruxismo De acordo com Rogério Penna, cirurgião-dentista do instituto de mesmo nome, o principal fator desencadeador do bruxismo é o estresse. “Ansiedade, tensão do dia a dia e noites mal dormidas também influenciam. O excesso de telas, especialmente o uso de celular antes de dormir, pode agravar o problema, pois mantém o cérebro em estado de alerta e prejudica o relaxamento necessário para um sono de qualidade”, explica o profissional de saúde. Rogério ainda cita alguns problemas dentários que podem levar ao desencadeamento do bruxismo. “Dentes desgastados, desalinhados ou sem equilíbrio na mordida fazem com que os músculos da mastigação trabalhem de forma descompensada, o que pode levar ao rangimento.” Embora a mandíbula apertada e o ranger de dentes sejam o principal sintoma relacionado ao bruxismo, existem outros sinais que podem acender a luz vermelha em relação à condição. São eles: Perigos para a saúde O grande problema do bruxismo são os efeitos ruins que ele gera para a saúde da pessoa como um todo. Isso porque a qualidade do sono acaba sendo prejudicada, impedindo que o indivíduo atinja o estado de sono profundo, impactando negativamente o descanso, a produtividade do dia seguinte e o bem-estar como um todo. Além disso, a saúde bucal também é afetada. Com o tempo, não é raro que pessoas com bruxismo desenvolvam disfunção articular na ATM, fraturas, fissuras, desgastes, inflamações na gengiva, entre outras complicações. Bruxismo não ocorre apenas durante o sono É isso mesmo. Engana-se quem pensa que o ranger de dentes e a mandíbula apertada estão restritos apenas ao momento de descanso. Penna explica que durante o dia, o chamado bruxismo em vigília pode ocorrer quando a pessoa está estressada, ansiosa ou muito focada em alguma atividade. Tratamentos e formas de prevenção Não existe uma cura definitiva para o bruxismo, mas é possível controlá-lo e amenizar seus efeitos para o organismo. Para isso, algumas técnicas podem ser usadas. O cirurgião-dentista destaca algumas: Por fim, Penna reforça a importância de se procurar ajuda profissional assim que sentir os primeiros sintomas. “Muita gente só descobre que tem bruxismo quando já está com os dentes desgastados ou sentindo dor. Por isso, se notar algum sintoma, procure um dentista. Quanto antes for tratado, melhor para evitar problemas mais sérios.”

Nozes reduzem risco cardiovascular, mostra estudo

Fonte: Correio Braziliense | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 25/03/2025 O estudo incluiu 138 adultos com um ou mais critérios para síndrome metabólica, incluindo obesidade abdominal, triglicerídeos altos, HDL baixo, pressão alta e glicemia de jejum alta. Adultos em risco de síndrome metabólica que trocam o lanche habitual por um punhado de noz-pecã (Carya illinoinensis) melhoram os níveis de colesterol e a qualidade da dieta em geral, segundo pesquisadores do Departamento de Ciências Nutricionais da Penn State, nos Estados Unidos. O resultado do estudo foi publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition. A condição é caracterizada por um conjunto de disfunções que elevam a chance de se desenvolver doenças crônicas, cuja base é a resistência à insulina.  O estudo incluiu 138 adultos com um ou mais critérios para síndrome metabólica, incluindo obesidade abdominal, triglicerídeos altos, HDL baixo, pressão alta e glicemia de jejum alta. Os participantes tinham de 25 a 70 anos e foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um deles trocou o lanche regular por 50g denoz-pecã por dia, enquanto o outro manteve a dieta habitual.  Exames de sangue e dados sobre a saúde vascular dos participantes foram coletados no início e na conclusão do estudo, de 12 semanas. Os voluntários também enviaram o diário alimentar nove vezes ao longo da pesquisa.  Colesterol Os resultados indicaram que, no grupo das castanhas, houve redução no colesterol total e nos triglicérides, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares. Com base na adesão às Diretrizes Dietéticas para Norte-Americanos, os cientistas calcularam uma melhora de 17% entre os que consumiram a noz-pecã no lugar do lanche tradicional.  “Esses resultados se somam à grande base de evidências que apoia os benefícios cardiovasculares das nozes e acrescentam informações sobre como os adultos podem incorporar nozes em sua dieta para melhorar a qualidade geral da alimentação”, disse Kristina Petersen, professora associada de ciências nutricionais na Penn State e coautora do estudo. Segundo a pesquisadora, estudos anteriores sugeriram os polifenóis das nozes-pecã — compostos químicos com propriedades anti-inflamatórias, podem auxiliar a função endotelial do organismo, um fator-chave na manutenção de vasos sanguíneos saudáveis.

Mastigar mais devagar os alimentos é um trunfo contra obesidade

Fonte: Correio Braziliense | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 25/03/2025 Pesquisa realizada no Japão aponta maneiras para aumentar o tempo da refeição e ajudar a prevenir o excesso de pesoUm estudo realizado pelo Departamento de Nutrição Clínica da Fujita Health University, no Japão, analisou fatores que influenciam a duração das refeições e o comportamento alimentar. O artigo, publicado no periódico Nutrients, explora fatores como diferenças sexuais, padrões de mastigação e estímulos rítmicos externos e a relação com a forma como as pessoas consomem as refeições.  “Embora a ciência nutricional esteja frequentemente preocupada com o metabolismo e a absorção dos alimentos e o conteúdo alimentar, há evidências limitadas no Japão sobre o comportamento alimentar que conecta os dois. Isso me intrigou a estudar o comportamento alimentar, que envolve diferenças de gênero”, explicou o professor Katsumi Iizuka.  A análise parte de pesquisas já realizadas anteriormente que sugerem que os comportamentos alimentares — incluindo duração da refeição, velocidade de mastigação e número de mordidas — podem ter um grande impacto na quantidade de comida consumida.  Os estudos indicam que quem mastiga mais devagar tende a consumir menos comida no geral. No entanto, faltavam evidências sobre como desacelerar a alimentação, principalmente no Japão, onde os hábitos alimentares são diferentes das normas ocidentais.  Foi por este motivo que Iizuka conduziu o novo estudo. Na pesquisa, o professor analisou 33 participantes saudáveis entre 20 e 65 anos. Eles foram convidados a comer fatias de pizza sob diferentes condições.  Durante a refeição, foram medidos os números de mastigações, quantidade de mordidas e o ritmo da mastigação, observando como as variações mudaram quando os participantes usaram fones de ouvido para medir diferentes ritmos de metrônomo (aparelho que indica um andamento musical por meio de pulsos de duração regular).  Segundo os resultados, existem diferenças entre homens e mulheres em relação aos comportamentos alimentares. As participantes do sexo feminino geralmente demoravam mais para comer (com média de 87 segundos), enquanto os homens demoravam menos (aproximadamente 63 segundos).  As mulheres também mastigam mais (107 vezes contra 80 dos homens) e davam mais mordidas (4,5, contra 2,1). No entanto, o ritmo de mastigação era semelhante entre ambos os sexos. O estudo observou que a duração da refeição foi positivamente associada ao número de mastigações e mordidas dadas, mas não ao índice de massa corporal ou ao ritmo médio de alimentação. Ainda conforme o artigo, quando os participantes foram expostos a um ritmo lento de metrônomo, de cerca de 40 batidas por minuto, a duração da refeição aumentou consideravelmente em comparação à alimentação sem estimulação rítmica.  Com os resultados, a pesquisa dá diversas estratégias para aumentar o tempo da refeição, que incluem: aumentar o número de mastigação por mordida, dar mordidas menores e criar um ambiente de alimentação mais lento, com uso de músicas calmantes.  “Essas são medidas fáceis e econômicas que podem ser iniciadas imediatamente para ajudar a prevenir a obesidade”, explica o professor Katsumi Iizuka. “Incorporar o comportamento alimentar proposto em almoços escolares e outros programas pode levar à prevenção de futuras doenças relacionadas à obesidade”, conclui.