São Pedro: como um pescador pobre se tornou o primeiro papa da Igreja

Fonte: BBC News Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 27/06/2025 Em latim, chama-se anulus piscatoris. Em bom português, é o anel do pescador. Na joia, há a imagem em baixo relevo de Simão Pedro, o apóstolo, pescando a bordo de um barco. De acordo com a tradição católica, o primeiro papa a usar esse símbolo foi Damásio I (305-384), que comandou a Igreja por 18 anos na segunda metade do século 4°. A mensagem remonta ao evangelho de São Marcos, mais especificamente à passagem que define os apóstolos — e, por extensão, os religiosos que os sucederam — como “pescadores de homens”. Pela tradição católica, o primeiro papa foi o homem que tem sua imagem ali impressa: Pedro, um dos doze homens que foram escolhidos pelo próprio Jesus Cristo para acompanhá-lo e auxiliá-lo em suas andanças repletas de pregações e relatos de milagres. O Dia de São Pedro ocorre em 29 de junho, mês em que o santo é celebrado ao lado de São João e Santo Antônio nas famosas festas juninas brasileiras. E quem foi esse apóstolo, de fato? Por que é considerado o primeiro papa? Era mesmo um homem simples, um pescador pobre? Não é tão fácil separar biografia de mito no caso de uma figura alçada à santidade há quase 2 mil anos, é claro. No fim, os elementos mais detalhados sobre sua vida estão mesmo na Bíblia, salpicados em diversas passagens — Pedro é o apóstolo de Cristo com mais menções no livro sagrado. “Tudo o que sabemos, concretamente, sobre Pedro está nos evangelhos”, comenta o pesquisador e estudioso da vida de santos José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia e professor da Universidade Estadual Vale do Aracaú, do Ceará. “Existem pesquisas posteriores, mas a fonte mais confiável é a Bíblia.” Segundo o texto sagrado, ele e seu irmão, André, viviam da pesca no imenso lago conhecido como mar da Galileia. “Eles teriam sido os primeiros a ouvir o chamado de Jesus”, diz Lira. Acredita-se que Pedro havia nascido no povoado de Betsaida e, na época, morava na cidade de Cafarnaum. De origem simples, ele deve ter impressionado Jesus pelo seu jeito. “Os evangelhos deixam claro que era uma pessoa de personalidade forte e espírito de liderança”, comenta a vaticanista Mirticeli Medeiros, pesquisadora de história do catolicismo na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. “Tanto que o próprio Jesus se hospedou em sua casa quando iniciou sua missão. Talvez por causa desse seu jeito, o Messias o tenha escolhido como seu mais importante colaborador.” Professor na Faculdade de Teologia São Bento, padre Jorge Luiz Neves da Silva enaltece o fato de ele ter sido um pescador iletrado e, mesmo assim, assumido papel importante na missão cristã. “Os evangelhos são unânimes nessa realidade e é preciso ter em conta a lógica da vocação na sagrada escritura: é uma constante que sejam chamadas as figuras que não seriam naturalmente escolhidas sob a perspectiva humana”, comenta. Antes do encontro com Cristo, ele não era um religioso. “Sabe-se que fora casado porque nos evangelhos lemos que Jesus curou a sogra dele. Jesus era de Nazaré e se mudou, em sua vida pública, para Cafarnaum. Morou na casa de Pedro. Não é claro se sua mulher ainda era viva”, contextualiza Lira. “Em dado momento do evangelho de Mateus, Pedro pergunta a Jesus se é lícito pagar impostos, e o mestre afirma que sim. E pede para que Pedro pagasse seu imposto e o de Jesus também, com uma moeda que encontraria na boca de um peixe que pescaria. É um milagre, mas, se observa a importância do apóstolo. É ele também que reconhece que Jesus é o filho de Deus”, acrescenta o hagiólogo. “A ele Jesus determina ‘apascentar as ovelhas’ e diz, ‘tu és pedra e sobre esta pedra edificarei minha Igreja’, ou seja, sobre sua liderança. O interessante é que o próprio texto bíblico afirma que o apóstolo que Jesus amava era João, mas foi a Pedro que ele confiou a Igreja, mesmo considerando que ele era impetuoso às vezes, aparentemente corajoso, forte”, completa. Pedra fundamental A passagem bíblica que justifica o entendimento dele como primeiro papa da Igreja está no capítulo 16 do evangelho escrito por São Mateus. Nela, Jesus olha para o apóstolo Simão e afirma: “Pois eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Quem era Simão torna-se Pedro. E Pedro porque pedra. Daí o entendimento cristalizado, com o passar dos anos, de que ele teria então sido nomeado o primeiro líder da Igreja, a rocha sobre a qual a nova religião seria erguida. Baseada em suas pesquisas sobre a história do cristianismo, Medeiros pondera: é preciso compreender o que significava “papa” naquele contexto primitivo. “É preciso entender esse título como ele era empregado nos primórdios do cristianismo”, explica. “A palavra, cujo significado é ‘pai’, era bastante difundida entre os primeiros cristãos”, pontua. Ela lembra que, então, não era apenas “o bispo de Roma” que merecia tal tratamento. “Vários bispos eram chamados assim, bem como alguns sábios da própria comunidade”, acrescenta. “É tão verdade que, até hoje, o líder máximo da Igreja Copta, no Egito, também é chamado de ‘papa’”, exemplifica. “Por isso mesmo, nós, historiadores, preferimos chamá-lo de ‘bispo de Roma’ quando tratamos do ‘papado’ dos primeiros séculos do cristianismo.” Ela ressalta que o papado, enquanto instituição, ainda não existia. O primeiro movimento em direção a reconhecer uma primazia do bispo de Roma sobre os demais data do século 3°, sob o comando do papa Calisto 1° (155-222). “Damásio 1° ampliou essa discussão [no século seguinte], pontuando que existia uma autoridade moral da qual o bispo de Roma era revestido, que o distinguiria dos demais”, conta Medeiros. “A instituição ‘papado’, que assume um papel jurídico e institucional, só foi acontecer com Leão 1°, no século 5°, e Gregório Magno, no século 6°. No século 8°, essa instituição começou a se consolidar, pois o papa não somente se destacava como uma autoridade religiosa, mas também temporal”, argumenta ela. Lideranças e divergências Padre Silva ressalta que as
A verdadeira história dos ataques de tubarão que inspiraram o lendário filme de Steven Spielberg, que completa 50 anos

Fonte: BBC News Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 28/06/2025 Verão de 1916. Perto do litoral do Estado americano de Nova Jersey, nadava mar adentro um jovem tubarão de 2,7 metros de comprimento. Ele logo roubaria da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) as manchetes da imprensa dos Estados Unidos. Aquela criatura marinha era pouco conhecida pela ciência na época. Mas o grande tubarão-branco estava destinado a exercer enorme influência sobre a cultura popular americana e mundial no futuro. O animal se tornaria o astro do primeiro fenômeno de bilheteria do verão no cinema moderno – o filme Tubarão (1975), de Steven Spielberg, cuja estreia completou 50 anos no último dia 20 de junho. Foram os eventos verificados em Nova Jersey que fizeram com que o grande tubarão-branco fosse recordado muito depois do término da Primeira Grande Guerra. O animal que protagonizou aquela série de ataques, até então sem precedentes, gerou uma onda de terror, ao se deslocar por mais de 100 km ao longo das praias do Atlântico Norte, em plena temporada de férias. As vítimas A primeira vítima foi encontrada em Beach Haven, em Nova Jersey. Seu nome era Charles Vansant (1892-1916). Recém-formado na Universidade da Pensilvânia, Vansant era filho de um médico da Filadélfia, nos Estados Unidos. A notícia passou quase despercebida. As pessoas que ouviram seus gritos na praia pensavam que ele estivesse brincando. Os cientistas afirmavam que os tubarões não tinham “força na mandíbula” suficiente para atravessar ossos humanos. Aquele foi o primeiro ataque mortal de um tubarão registrado na história dos Estados Unidos. Mas quase ninguém ficou sabendo. No segundo caso, banhistas encontraram um corpo humano mordido e ensanguentado na areia. Eles saíram correndo da praia gritando, apavorados. De repente, o “monstro marinho” chegou à primeira página do jornal The New York Times. Outro banhista horrivelmente destroçado foi retirado do estuário de um rio. A vítima morreu pouco depois. E outro homem tentou lutar com o tubarão e também acabou morto. Temendo perder a receita do período de férias, os prefeitos da região negaram o ocorrido. Mas o medo fez com que os balneários turísticos fechassem e os políticos pediram ajuda aos cientistas. Um especialista do Museu de História Natural dos Estados Unidos teve dificuldades para identificar o assassino. Ele finalmente reconheceu o “devorador de homens” como sendo da espécie Carcharodon carcharias, o grande tubarão-branco. Uma onda de pânico fez com que homens enfurecidos tomassem espingardas e tridentes e se lançassem para caçar o tubarão, até que o animal atacou um bote e foi morto pelo seu dono, que se transformou em herói. Mais estranho que a ficção Este roteiro parece familiar? Pois é a verdadeira história de Tubarão, o lendário filme de Steven Spielberg. Em 1974, o escritor americano Peter Benchley (1940-2006) levou a história dos balneários de Nova Jersey para Amity, um lugar fictício no Estado americano de Long Island. Seu romance tem o mesmo nome do filme, Jaws (Tubarão, Ed. Darkside Books, 2021). O tubarão de Benchley mata quatro pessoas, uma delas em um estuário. Um homem luta contra o tubarão e também morre. O prefeito nega o que está acontecendo e protege os dólares do turismo, até que o horror dos fatos o leva a recorrer a um cientista. O ictiólogo do aquário de Nova York tem dificuldade para identificar a espécie, até encontrar o célebre “comedor de homens” – o Carcharodon carcharias, o tubarão-branco. O cientista, então, alerta as pessoas sobre os incidentes de 1916. Grupos de homens enfurecidos lideram uma caça ao tubarão. E o animal finalmente morre quando ataca o bote de um homem, que acaba sendo um herói. Quando entrevistei Benchley, ele declarou que o romance surgiu do seu interesse pelos ataques de tubarões, incluindo as proezas de Frank Mundus (1925-2008), praticante da pesca esportiva de Long Island, que capturou um grande tubarão-branco com peso recorde de 1.554 kg. Mas, no prólogo de uma edição posterior do livro, Benchley fez referência ao ocorrido em 1916. Ele destacou que os tubarões ficavam em uma única região, matando várias pessoas. “Declarei várias vezes em entrevistas que cada um dos incidentes descritos em Tubarão […] realmente aconteceu”, destacou Benchley. Seu romance foi uma sensação cultural em todo o mundo. O então presidente cubano Fidel Castro (1926-2016), por exemplo, declarou que Tubarão representaria uma metáfora sobre o capitalismo predador. Outros afirmaram que a história seria uma referência ao ex-presidente americano Richard Nixon (1913-1994) e ao caso Watergate. O livro de Benchley ocupou os primeiros lugares da lista de best-sellers do The New York Times por quase um ano – 44 semanas. Onda mais forte No verão de 1975, o ano seguinte ao lançamento do livro, Steven Spielberg lançou o filme Tubarão. Um monstro mecânico interpretou o papel-título, do tubarão gigante do litoral de Nova Jersey. A partir dali, o simples ato de sair para nadar mudou para sempre. Tubarão fez com que Hollywood tivesse seu primeiro fenômeno de bilheteria da temporada de verão no hemisfério norte. O filme serviu de modelo de negócio para outras produções – e inspirou filmes de terror apavorantes. Tubarão também horrorizou os cientistas especializados em tubarões, como George Burgess, da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. O filme representou erroneamente o grande tubarão-branco como um vingativo caçador de seres humanos. Na verdade, os tubarões não atacam as pessoas, exceto em poucas ocasiões isoladas. Burgess afirma que o filme inspirou dezenas de torneios de pesca de tubarões na costa leste dos Estados Unidos. Neles, os animais eram mortos “sem constrangimentos”. Com isso, nas últimas décadas, os pescadores ajudaram a dizimar quase todas as espécies de tubarões existentes. Mas Tubarão também fez florescer um movimento de conservação dos tubarões e dos oceanos, aumentando e melhorando o financiamento para as pesquisas do setor. Os cientistas, agora, ressaltam o conceito de que os tubarões fazem parte do meio ambiente. A intenção é tentar evitar que os animais sejam demonizados, segundo o cientista. Burgess catalogou o responsável pelos ataques de 1916 no Registro Internacional de Ataques de Tubarões como um grande tubarão-branco, mas outros cientistas defendem que teria se tratado de um tubarão-touro. Este é um mistério que nunca será resolvido. * Michael Capuzzo é jornalista e autor dos best-sellers Close to Shore (“Perto da costa”, em
IA no celular: o que vale a pena usar? g1 testou funções no iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge

Fonte: G1 | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 30/06/2025 Cada marca diz que as funções de inteligência artificial do seu smartphone é algo imprescindível de usar. Mas é mais comum esquecer que o recurso está disponível. Já percebeu que toda propaganda de celular fala de inteligência artificial? Parece que é algo imprescindível, que vai mudar a vida de quem tiver aquele aparelho de última geração. Na prática, está mais para esquecível. Por exemplo: usar a IA para resumir mensagens longas pode ser útil. Mas é mais fácil ler ou lembrar que a função de resumo está lá disponível? Por outro lado, tem coisas úteis ou divertidas que a IA das marcas pode ajudar a fazer no smartphone. Dá para apagar ou modificar partes de fotos, gerar imagens artificiais para mandar no WhatsApp e gravar e transcrever ligações telefônicas. Ou pedir para um robô de chat, como o ChatGPT ou Gemini, falar com você e descrever o ambiente ao redor. Apple, Motorola, Samsung e quase todos os fabricantes apostam em IAs próprias para dizer que são mais “espertas” que a dos concorrentes. Para complicar ainda mais a situação das marcas de celulares, os próprios robozinhos de chat por IA – ChatGPT, Gemini, Copilot e tantos outros – têm suas versões que rodam em qualquer smartphone, até mesmo os mais antigos. O Guia de Compras testou as funcionalidades de IA presentes em três celulares diferentes lançados em 2025 (iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge) para entender o que é legal, o que é útil e o que não é legal nelas. O iPhone 16e vem com a Apple Intelligence integrada ao sistema operacional do telefone e aos aplicativos da própria marca, como e-mail, mensagens, notas, Pages (editor de texto) e galeria de fotos. Mas dá para copiar e usar as informações geradas ou modificadas em outros apps, como o WhatsApp e redes sociais. A filosofia da Apple para IA é bastante parecida com a da Samsung. Ambas inseriram muitas funcionalidades similares (edição de fotos e texto, transcrições, resumos, assistentes de voz) nos seus aparelhos. O iPhone 16e é o mais barato dos três modelos avaliados. Saía por R$ 4.000 nas lojas da internet em junho. O que é legal? A função Limpeza, presente no app Fotos, serve para qualquer imagem – a foto não precisa ter sido feita pelo iPhone. Ela funciona muito bem para detalhes pequenos, como pessoas ao fundo em uma paisagem, detectando de forma automática que tem algo indesejado no local. Para remover outros itens, basta selecionar na tela e as coisas desaparecem. Montagem com a foto original (no topo, à esquerda) com edições feitas no iPhone (topo à direita), Motorola (embaixo à esquerda) e Samsung (embaixo à direita) — Foto: Henrique Martin/g1 Para itens maiores – como uma mão na frente do rosto – a Limpeza não funciona direito e borra a imagem. O app Playground serve para criar imagens geradas por IA: basta descrever o que você quer ou usar uma foto como base e adicionar temas, fantasias, acessórios e lugares. Nem sempre adianta selecionar novos itens – se a IA não souber como lidar com aquilo, ela diz que não consegue. O resultado é formado por imagens com aquele “jeitão artificial” que só as IAs conseguem, mas pode ser algo divertido. Depois, é só salvar e compartilhar nas redes sociais ou no WhatsApp. O que é útil? A Apple Intelligence entende comandos e mostra resultados em português. Quando você escreve um texto no app de notas, por exemplo, é possível usar a IA para revisar os textos e ajustar o tom (profissional, amigável ou conciso). A IA da Apple até reescreve ou resume em tópicos toda a informação do texto. Veja na imagem abaixo: Estilos de texto da Apple Intelligence: de cima para baixo, amigável, profissional e conciso. — Foto: Reprodução Nas funções de telefone e no aplicativo gravador de voz, uma ferramenta muito útil é a de gravação (de ligações ou de conversas) e transcrição automática do texto. Dá até para transcrever depois da gravação, se quiser. O ChatGPT serve como um complemento à Apple Intelligence. O robô de conversas da OpenAI está integrado à assistente digital Siri. Basta pressionar o botão de liga e desliga (ou falar “E aí, Siri?”) e fazer a pergunta. A resposta pode ser via ChatGPT ou uma busca no Google. A Inteligência Visual é uma das coisas mais interessantes para utilizar e descobrir. Não é um app, é apenas um atalho na Central de Controle do iPhone. Ao ser ativada, a função abre a câmera, com duas opções abaixo: perguntar (ao ChatGPT) ou buscar (no Google). Optando por perguntar, a resposta será a foto com uma descrição do que tem ali. Não precisa falar, é automático. É uma função que deve ser muito útil em viagens, para entender sobre locais turísticos, ou mesmo no supermercado, para avaliar ingredientes em um produto. Ou ver o chat elogiando seu gato. É uma função similar ao Gemini Live, do Google, nos celulares com sistema Android. Só que a versão dos concorrentes perrmite “bater papo” com a IA em tempo real – com perguntas, respostas e comentários. O que não é legal? A Apple Intelligence classifica as notificações quando o iPhone está com a tela bloqueada, mas parece que não diferencia nada direito. O app Mensagens permite criar emojis personalizados com IA (chamados de Genmojis), mas não dá para compartilhar no app de mensagens mais usado pelos brasileiros (WhatsApp). No Moto Razr 60 Ultra, a ferramenta integrada se chama Moto AI. É um aplicativo que já veio instalado no celular dobrável e que ajuda em duas áreas principais: criatividade e produtividade. A fabricante optou por oferecer mais recursos integrados a parceiros de IA (como Meta e Perplexity.ai) em comparação com os concorrentes. O smartphone é o mais caro entre os testados, sendo vendido por R$ 10 mil nas lojas on-line em junho. O que é legal? Na parte de criatividade do Moto AI, a ferramenta de imagens (Image Studio) é bastante completa. Ela permite gerar imagens a partir de descrições em textos, criar figurinhas e avatares (a partir de fotos) e desenhar para criar ilustrações automáticas. Tudo é bem fácil de salvar
Vinagre na faxina: o que é verdade e o que é ‘recomendação estúpida’, segundo cientistas

Fonte: BBC NEWS Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 29/04/2025 Alguns meses atrás, no meu novo apartamento em Berlim, na Alemanha, meu vaso sanitário e eu entramos em guerra. Por mais que eu esfregasse, não havia produto de limpeza que conseguisse eliminar aquela camada de calcário acumulada dentro dele. Frustrada depois de tantas tentativas, recorri ao Google até encontrar uma página que recomendava o uso de vinagre – que, por sinal, o morador anterior havia deixado no apartamento em grande quantidade. Coloquei no vaso duas colheres de sopa cheias de Essigessenz (basicamente, vinagre concentrado) e mantive em repouso por meia hora. Esfreguei em seguida e a sujeira saiu instantaneamente. Daquele dia em diante, passei a usar vinagre entusiasticamente para livrar meu mundo do calcário. Percebi até que ele é mais eficiente que o meu spray de limpeza habitual da cozinha para deixar minha pia brilhando. Faço o mesmo na torneira, que deixo embrulhada em papel-toalha embebido em vinagre, no lugar do meu spray de limpeza habitual. E, em vez de comprar pastilhas especiais para retirar a camada de calcário da minha chaleira de vidro, simplesmente despejo duas colheres de sopa de vinagre concentrado e coloco no fogo até ferver. Um agradável som escaldante acompanha os estalos dos resíduos no seu interior. Fiquei imaginando se o vinagre teria outras vantagens. Será que ele também mata as bactérias e outros germes? E, o mais importante, um produto tão simples e natural como este seria melhor para o meio ambiente e para minha saúde do que os produtos de limpeza comuns? A internet está repleta de influenciadores especializados em sustentabilidade e blogs de limpeza sustentável que anunciam o vinagre como “pau para toda obra” – uma alternativa “verde” aos produtos de limpeza “tóxicos”. As promessas parecem fazer sentido. Afinal, o vinagre é simplesmente álcool fermentado, usado há muito tempo para conservar alimentos, temperar saladas e na limpeza doméstica. Mas eu queria as evidências. Para isso, entrevistei três especialistas. E aprendi que algumas das orientações são corretas, mas os benefícios do vinagre dependem muito da forma de uso e do tipo de sujeira que você quer eliminar. O engenheiro químico Eric Beckman é professor emérito da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia (Estados Unidos). Ele me tranquiliza, informando que o melhor emprego do ácido acético (o principal componente do vinagre) na limpeza é exatamente aquele para o qual venho usando: como desincrustante. O professor explica que o calcário – da mesma forma que a corrosão – consiste de certos íons que se dissolvem mais facilmente em líquidos ácidos, como vinagre. Beckman usa o vinagre para retirar calcário de espelhos. Já o microbiologista Dirk Bockmühl, da Universidade de Ciências Aplicadas Rhine-Waal, na Alemanha, prefere usar suco de limão, que contém ácido cítrico. Ele defende que o limão é mais eficiente e seu aroma é melhor. Mas o vinagre não funciona bem para tudo. Beckman afirma que o sabão funciona melhor para remover o óleo dos pratos e o bicarbonato de sódio é eficaz para limpar os óleos processados que aderem às superfícies durante a preparação dos alimentos. Mas Beckman demonstra irritação quando o assunto é uma solução popular que mistura vinagre e bicarbonato de sódio. A mistura é quimicamente inútil, segundo ele, pois o ácido do vinagre e a base do bicarbonato, na verdade, cancelam um ao outro. “Uso os dois produtos, mas não juntos”, explica Beckman. “Juntos, eles não resultam em nada.” Embora o vinagre seja frequentemente indicado como poderoso antimicrobiano, a realidade não é tão clara assim, segundo Bockmühl. Em um estudo de 2020, ele e seus colegas testaram o vinagre contra uma série de bactérias, vírus e fungos causadores de doenças. Muitas recomendações na internet sugerem a adição de uma pequena quantidade de vinagre a um balde de água para limpeza. Mas Bockmühl descobriu que seus efeitos antimicrobianos só começam na concentração de 5% de ácido acético – a mesma do vinagre puro. Sua eficácia total só é atingida em concentrações destiladas de 10%, que receberam a adição de uma pequena quantidade de ácido cítrico pelos pesquisadores. Nestas condições, o produto eliminou cinco bactérias comuns (incluindo Escherichia coli e Staphylococcus aureus, além de um fungo, uma levedura e uma linhagem enfraquecida do vírus Vaccinia. Outros estudos também demonstraram que concentrações similares são eficazes contra o Sars-CoV-2, o vírus causador da covid-19. Mas mesmo estas concentrações não funcionaram contra a bactéria MRSA, uma linhagem especialmente persistente de Staphylococcus aureus, que resiste a certos antibióticos. Inúmeras outras bactérias ainda não foram testadas – e muitas delas se multiplicam em ácidos, segundo Beckman, incluindo as responsáveis pela fermentação de álcool para transformá-lo em vinagre. “Elas dizem ‘oba, vinagre!’”, destaca ele. Existem também fungos resistentes ao ácido acético e Bockmühl suspeita que também haja vírus resistentes ao vinagre, como os norovírus. Beckman afirma que o sabão é mais eficiente contra as bactérias e os desinfetantes padrão funcionam melhor contra vírus e fungos. E produtos agressivos, como a água sanitária, certamente matam de tudo, segundo ele, mas podem ser inseguros, se empregados de forma incorreta. Bockmühl destaca que, mesmo para os germes resistentes ao vinagre, é necessário aplicar concentração relativamente alta do produto. A concentração será insuficiente “se você simplesmente acrescentar uma colher de chá de vinagre à sua solução de limpeza”, explica ele. Mas, quanto mais alta for a dose de ácido acético, mais irritação ele pode causar à pele, segundo o microbiólogo. E a substância é prejudicial em contato com os olhos. As superfícies também podem ser danificadas. O vinagre corrói a pedra natural e metais como cobre, bronze e latão, segundo o livro The Science of Cleaning (“A ciência da limpeza”, em tradução livre), do químico italiano Dario Bressanini. Nas máquinas de lavar louças ou roupas, o vinagre pode danificar as borrachas usadas na vedação dos aparelhos. E também pode avariar cafeteiras e retirar o revestimento e o reboco dos ladrilhos, escreve Bressanini. Mas Bockmühl assegura que o vinagre pode ser usado em vidro e superfícies cerâmicas, como a do meu vaso sanitário, além de pias de aço inoxidável. Para ele, o problema de usar produtos de limpeza domésticos é que eles não vêm com instruções ou recomendações de segurança. “Eles podem ser seguros
Relações amorosas ajudam a proteger o cérebro e a saúde mental

Fonte: CNN Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 12/06/2025 Estudos já demonstraram que o vínculo amoroso protege contra depressão e ansiedade, além de oferecer proteção cognitiva Os benefícios das relações amorosas vão muito além do romantismo e das emoções associadas ao amor e à paixão. Estudos recentes já mostraram que o vínculo amoroso é importante para a saúde mental, emocional e, até mesmo, cognitiva, ajudando a proteger o cérebro. “Vínculos amorosos saudáveis oferecem segurança, conforto e acolhimento emocional. Quando a relação ocorre dessa forma, contribui para reduzir o impacto do estresse no corpo e auxilia na regulação emocional”, afirma a psicóloga clínica Larissa Fonseca à CNN. Uma pesquisa publicada em 2024 pela American Psychological Association mostrou que pessoas em relacionamentos amorosos saudáveis têm 50% menos probabilidade de desenvolver problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, em comparação com aqueles que enfrentam relações conflituosas ou vivem em isolamento emocional. O trabalho também mostrou que essas pessoas relatam níveis mais altos de satisfação com a vida, maior resiliência diante de situações adversas e menor incidência de distúrbios do sono. “Os vínculos amorosos estimulam a liberação de hormônios ligados ao bem-estar, como a serotonina e a ocitocina”, explica Ana Carolina Gomes, neurologista do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, à CNN. A ocitocina, conhecida como “hormônio do amor” é liberada durante momentos de conexão emocional e proximidade física, de acordo com a especialista. É o caso de abraços, beijos e conversas íntimas, por exemplo. “Ela ajuda a reduzir o cortisol, hormônio do estresse, promovendo uma sensação de segurança e relaxamento”, afirma. á a serotonina, relacionada ao bom humor, é estimulada por interações positivas, melhorando a resiliência emocional e protegendo contra sintomas de ansiedade e depressão. “Esses hormônios criam um ciclo de reforço positivo: quanto mais saudável o relacionamento, mais esses hormônios são liberados, favorecendo a saúde mental e o equilíbrio emocional”, explica Gomes. “Além disso, sentir-se amado e valorizado ativa circuitos cerebrais associados à recompensa e ao prazer, contribuindo para uma sensação de bem-estar geral.” A psicóloga Fonseca concorda: “O efeito sentido no corpo é uma resposta segura diante dos desafios da vida”, afirma. Ela acrescenta, ainda, os benefícios da redução do estresse oferecidos pelo amor. “O estresse elevado e crônico pode desencadear os transtornos ansiosos e depressivos pelos pensamentos, emoções e comportamentos inadequados quando em situações percebidas como problemas.” Amor romântico pode estimular memória e aprendizado Outro estudo publicado em 2024 e conduzido por pesquisadores da Aalto University, na Finlândia, mostrou que o “amor romântico” ativa áreas específicas do cérebro associadas à recompensa, empatia e regulação emocional, como os gânglios da base e o córtex pré-frontal. Essa ativação está diretamente ligada à sensação de segurança emocional, fortalecimento das funções cognitivas e estímulo à memória e ao aprendizado. “Os gânglios da base fazem parte do sistema de recompensa, liberando dopamina, que é um ‘hormônio do prazer’. Isso nos dá aquela sensação de felicidade e motivação quando pensamos na pessoa que amamos. Já o córtex pré-frontal ajuda a tomar decisões, planejar e regular as emoções, permitindo que o amor seja mais do que apenas uma paixão impulsiva”, explica Gomes. Os impactos positivos de uma relação saudável, porém, podem ir além e ser sentidos em outras áreas do corpo. É o caso da redução da pressão arterial e a proteção do coração. “Isso acontece porque relacionamentos saudáveis ajudam a manter nosso corpo em um estado de equilíbrio, chamado homeostase, essencial para o bom funcionamento de todos os sistemas do organismo. Ou seja, quando estamos em uma relação saudável, não é apenas o coração que se beneficia emocionalmente. O corpo inteiro sente os efeitos positivos dessa conexão”, esclarece.
Humanos são naturalmente monogâmicos? E faz mesmo sentido ter um parceiro só?

Fonte: BBC News Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 14/06/2025 Em um mundo em que os aplicativos de namoro oferecem infinitas opções e os rótulos de relacionamento continuam a evoluir, a questão de se os seres humanos são naturalmente monogâmicos parece mais relevante do que nunca. Alina, uma romena que mora em Londres, se perguntou a mesma coisa depois de explorar o poliamor — a prática de ter vários relacionamentos íntimos com o conhecimento e consentimento pleno de todas as partes envolvidas. “Recentemente, conheci alguém que é poli, e sempre foi”, ela explica. “Eu só queria saber: por que aderimos à monogamia como sociedade?” Uma maneira de entender nossa trajetória evolutiva é estudar nossos parentes primatas mais próximos e suas estratégias reprodutivas. No entanto, esta não é uma estratégia reprodutiva eficaz, explica Opie, pois leva a altas taxas de infanticídio. “O infanticídio é um aspecto bastante terrível da vida dos gorilas”, diz ele. “É quando um gorila macho mata gorilas bebês com os quais não tem parentesco, para que a mãe deles se torne fértil mais rápido, e ele possa acasalar com ela. Provavelmente não é uma estratégia evolutiva que gostaríamos de imitar.” Mas entre outros primatas mais próximos dos seres humanos — como chimpanzés e bonobos —, as fêmeas desenvolveram uma tática evolutiva diferente. As fêmeas acasalam com vários machos, confundindo a paternidade e reduzindo a chance da sua prole se machucar. Os seres humanos provavelmente começaram com um sistema semelhante: grupos de acasalamento com vários machos e várias fêmeas. Porém, há cerca de dois milhões de anos, as coisas mudaram. “A razão para isso foi a mudança climática”, diz Opie. “Na África subsaariana, onde nossos ancestrais viveram, houve uma seca e grandes áreas se tornaram savanas. Os primeiros humanos precisavam estar em grandes grupos para se protegerem de um grande número de predadores. Os cérebros ficaram maiores para lidar com esses grupos grandes e complexos e, portanto, o período de lactação teve que se estender.” Mas com muitos machos em grupos grandes, ficou mais difícil confundir a paternidade. “Além disso, as fêmeas precisavam da ajuda de um destes machos para criar a prole. Então, eles mudaram para a monogamia.” A monogamia é a melhor estratégia? De acordo com Opie, esta mudança foi necessária não porque a monogamia era “melhor”, mas porque era a única opção viável. A criação de bebês humanos com cérebros grandes e desenvolvimento lento exigia um enorme investimento dos pais, mais do que uma mãe poderia fazer sozinha. Mas, embora as pesquisas sugiram que os primeiros seres humanos evoluíram para serem monogâmicos, as pessoas que optam pela monogamia muitas vezes têm dificuldade em permanecer fiéis a um único parceiro. “Há espécies que permanecem com um único parceiro durante toda a vida, e não traem, mas são bastante raras”, observa Opie. “Nossos parentes mais próximos que são monogâmicos são os gibões. Mas os gibões são separados de outros pares e, provavelmente, é mais fácil para o macho e a fêmea policiar quem está entrando em seu pequeno pedaço da floresta tropical e quem não está.” “Mas quando você está em um grande grupo de vários machos e várias fêmeas, como é o caso dos seres humanos, é muito mais difícil policiar isso, para ver se seu parceiro está traindo ou não.” A monogamia, sob este ponto de vista, é menos um padrão natural e mais uma estratégia de sobrevivência — uma estratégia que veio com falhas embutidas. A química do vínculo Então, o que acontece em nossos cérebros quando nos apaixonamos ou lutamos para permanecer fiéis? Sarah Blumenthal, estudante de doutorado em neurociência da Universidade Emory, nos EUA, estuda o arganaz-das-pradarias — pequenas criaturas peludas conhecidas por formar vínculos de casal de longo prazo, semelhantes aos seres humanos. Diferentemente de seus primos roedores não monogâmicos, o arganaz-das-pradarias possui altos níveis de receptores de oxitocina nos centros de recompensa do cérebro. A oxitocina — muitas vezes chamada de “hormônio do amor” — é um neuroquímico liberado no cérebro durante o toque físico e os momentos de vínculo. “Se, experimentalmente, bagunçarmos a sinalização da oxitocina no arganaz-das-pradarias, eles não são capazes de formar vínculos fortes, e passam menos tempo com seus parceiros”, diz Blumenthal. Os seres humanos têm sistemas de oxitocina semelhantes, o que sugere que nossos cérebros foram desenvolvidos para vivenciar os vínculos como gratificantes. Mas outra substância química — a dopamina — pode explicar as mudanças em nosso desejo de novidade versus compromisso. Durante os estágios iniciais do vínculo, a dopamina inunda o cérebro, estimulando a atração e a abertura. Depois que o vínculo é estabelecido, os padrões de dopamina mudam. Mulheres com vários maridos Apesar do argumento evolutivo a favor da monogamia, as culturas humanas sempre apresentaram uma grande variedade de arranjos de relacionamento. A antropóloga Katie Starkweather, da Universidade de Illinois Chicago, nos EUA, documentou mais de 50 casos de poliandria — quando uma mulher tem vários maridos — ao redor do mundo, desde o Nepal e o Tibete, na Ásia, até partes da África e das Américas. Embora a poliandria seja estatisticamente mais rara do que a poliginia (um homem com várias esposas), Starkweather adverte que ela não deve ser vista como implausível. “As mulheres podem se beneficiar economicamente de ter vários parceiros. Se o seu marido principal morresse ou precisasse se ausentar por longos períodos de tempo — como acontecia em alguns grupos nativos da América do Norte —, era realmente necessário ter um plano B”, diz ela. Em alguns casos, os arranjos não monogâmicos também proporcionavam vantagens genéticas. “Em ambientes em que as pessoas adoecem muito e morrem de doenças, você pode se sair muito bem se tiver vários filhos com uma composição genética ligeiramente diferente”, explica Starkweather. “Eles podem se adequar um pouco melhor ao ambiente atual.” Mas a não monogamia tem seus desafios. Manter vários relacionamentos exige tempo, energia emocional e negociação. “É extremamente difícil manter vários cônjuges, seja você homem ou mulher. Do ponto de vista econômico, é difícil, do ponto de vista emocional, é difícil. Acho que esse é o principal motivo pelo qual a monogamia ainda é a forma mais comum de casamento em
8 frutas raras que você só pode provar na Amazônia

Fonte: BBC News Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 03/06/2025 A Amazônia não é apenas o maior e mais biodiverso ecossistema do mundo — é também um dos mais saborosos. Entre as milhares de espécies nativas, cerca de 220 árvores são conhecidas por produzir frutos comestíveis, muitos que nunca saíram da floresta. Alguns são delicados demais para exportação, enquanto outros são pouco conhecidos fora das comunidades que os cultivam há gerações. Mas, ao longo do Rio Amazonas e de seus afluentes — desde as florestas das terras altas do Peru até as planícies alagáveis do norte do Brasil — viajantes podem encontrar bancas de mercados e balcões de café repletos de sucos que capturam o sabor da floresta. São frutas que dificilmente você consegue encontrar engarrafadas ou em pó, geralmente usadas para fazer sucos — poucas horas depois de serem colhidas —, que são servidos gelados no calor tropical. Aqui estão oito frutas que valem a pena ser descobertas, seja pelos sabores intensos, pelo significado cultural ou pela experiência de provar algo novo. 1. Buriti Nas encostas orientais dos Andes, onde os rios despencam em dramáticas cachoeiras rumo à Bacia Amazônica, os viajantes encontrarão o buriti — conhecido no Peru como aguaje —, fruto do buritizeiro, lá conhecido como palmeira moriche. Ele também pode ser encontrado na Amazônia brasileira e no Cerrado. Na pequena cidade peruana de Tingo Maria, as prateleiras dos mercados ficam cheias do fruto de aparência semelhante a um tatu. Os moradores locais deixam o buriti de molho na água por um ou dois dias, antes de tirar a casca marrom que revela uma polpa alaranjada. A polpa é então molhada, amassada e transformada em “aguajina”, uma bebida famosa no Peru. Alguns moradores dizem que o fruto contém compostos semelhantes ao estrogênio, e que os homens devem consumir com cuidado, sem exagero, embora haja pouca evidência científica sobre isso. “A aguajina é muito útil — para os ossos, para a pele, para o rosto — especialmente para as mulheres”, diz Gianina Pujay, que vende o suco no mercado de frutas de Tingo Maria. 2. Cubiu Na mesma região, o cubiu — conhecido como cocona no Peru —, uma fruta tropical parente do tomate, dá origem a um suco ácido que lembra uma mistura de abacaxi com mamão, com uma textura espessa e quase oleosa. “Muitas frutas amazônicas são consumidas em forma de suco porque a polpa é ácida, fibrosa ou difícil de comer crua, como é o caso do cubiu”, explica Miluska Carrasco, pesquisadora e nutricionista no Instituto de Pesquisa Nutricional do Peru. “É também uma forma prática de usá-la rapidamente antes de estragar.” 3. Camu-camu Descendo pelas encostas dos Andes até a Bacia Amazônica, os rios se acalmam e se transformam em verdadeiras vias de atividade comercial. Às margens do Rio Ucayali está Pucallpa, uma cidade portuária fluvial que marca o ponto mais distante que o sistema rodoviário do Peru alcança no coração da Amazônia. Lá, onde balsas com contêineres, barcos de passageiros e canoas movimentam mercadorias por toda a floresta, o suco de camu-camu é uma bebida indispensável, que qualquer um deveria provar. O camu-camu, um fruto pequeno, ácido e parecido com uma ameixa, tem gosto de morango azedo com uma pitada de pêssego, e é o preferido dos vendedores de suco no local. “Tem mais vitamina C do que as laranjas”, diz Carrasco, “e também outro compostos bioativos”. Enquanto uma laranja fornece cerca de 6mg de vitamina C por 100g, o camu-camu contém mais de 2.000 mg na mesma quantidade de polpa. A safra do camu-camu é curta, geralmente entre janeiro e março, então não deixe de aproveitar esse suco quando tiver oportunidade. Os moradores também comem a fruta com sal — é só lembrar de cuspir as sementes. 4. Tucumã No coração do estado mais extenso do Brasil, o Amazonas, a cerca de 1.100 quilômetros leste de Pucallpa em linha reta (e pelo menos uma semana ou mais de viagem de barco), as palmeiras de tucumã produzem um fruto alaranjado que só está em época entre fevereiro e agosto. Durante esse período, o tucumã é consumido no café da manhã com farinha de mandioca e é um ingrediente essencial do x-caboquinho, um sanduíche típico do estado, que combina fatias da fruta com queijo coalho e pedaços de banana frita. Para transformar o tucumã — conhecido pela sua polpa fibrosa — em suco, os vendedores o descascam, batem no liquidificador e depois coam para reduzir as lascas da fruta a uma polpa. Em seguida, o líquido é filtrado. De acordo com Francisco Falcão, um agricultor da comunidade de Bom Jesus, na Floresta Nacional de Tefé, “as pessoas dizem que o tucumã é bom para comer e faz bem para a vista e para a pele”. De fato, a fruta é rica tanto em manganês quanto em cálcio. Enquanto um kiwi, que tem uma quantidade relativamente alta de cálcio, contém cerca de 30 mg de cálcio por 100 g, o tucumã pode conter cerca de quatro vezes mais. 5. Pupunha Também na região de Tefé, “há uma palmeira da qual as pessoas comem a fruta”, conta Falcão. “A pupunha é uma planta que a gente começa a colher em dezembro e termina em fevereiro.” Nas partes da Amazônia em que as pessoas falam espanhol, essa fruta oleosa da palmeira é conhecida como pejibaye ou pijuayo, e é uma fonte de gorduras naturais, além de vitamina B1 e vitamina E. A pupunha cresce em cachos de frutos alaranjados ou avermelhados, com formato que lembra pequenas bolotas. Ela não pode ser consumida crua, mas, uma vez que é cozida, torna-se um lanche consistente, parecido com uma batata-doce. A fruta também pode ser transformada em um suco cremoso e alaranjado, quando completamente processada. No Peru, comunidades da floresta fermentam a polpa para preparar uma bebida alcoólica chamada de chica ou masato, especialmente durante o período de colheita. 6. Cupuaçu Em Manaus, capital do Amazonas, a refrigeração permite que os moradores e visitantes aproveitem as frutas de várias formas. A casca espessa do cupuaçu guarda uma coleção de sementes envolvidas por uma polpa branca, que pode ser transformada
O lugar onde as bactérias se escondem na sua geladeira

Fonte: Correio Braziliense | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 17/05/2025 Não abrir a porta da geladeira com tanta frequência e não deixá-la completamente cheia de alimentos são algumas das dicas compartilhadas por cientistas. Dizem que a cozinha é o coração de uma casa, afinal, é onde as famílias se reúnem e as refeições são preparadas. Mas qual é o ponto de partida de tudo isso? A geladeira. É nela que armazenamos, de forma segura, grande parte dos alimentos. E, à medida que a tecnologia avança, as geladeiras ficam mais inteligentes, sugerindo receitas e até mostrando notícias. Contudo, de todas as características desse eletrodoméstico, uma continua sendo a mais importante: a temperatura. Usamos a geladeira para manter os alimentos frescos, mas se a temperatura não estiver adequada, o efeito pode ser o oposto do esperado: a criação de um ambiente perfeito para a proliferação de bactérias. Ao analisarmos milhares de casas, descobrimos que a temperatura média das geladeiras é de 5,3°C, um pouco acima da faixa recomendada, de 0 a 5 °C. Mais preocupante ainda é a frequência com que a temperatura das geladeiras muda. Muitos refrigeradores passam mais da metade do tempo acima do limite de temperatura considerado seguro. Alguns chegam a 15°C, o que, em algumas partes do Reino Unido, equivale a um dia quente de verão. Nessas condições, as bactérias se multiplicam com facilidade, o que aumenta o risco de deterioração dos alimentos e, pior, de contaminações que podem causar doenças. Mas onde está o problema? Parte do problema está no fato de muitas geladeiras não terem algum tipo de dispositivo para medir e controlar a temperatura interna de forma precisa e acessível. A maioria de nós nem sabe, por exemplo, o que significam os números do aparelho giratório que fica dentro do eletrodoméstico. Além disso, cada vez que abrimos a porta da geladeira, entra ar quente. E quanto mais tempo a porta permanece aberta — especialmente quando demoramos a escolher o que vamos pegar — mais a temperatura interna se aproxima da temperatura ambiente, criando condições propícias para a proliferação de bactérias. Controle de bactérias Algumas dicas simples para manter os alimentos frescos e seguros por mais tempo: Vale lembrar que a temperatura também varia dentro da geladeira. O ponto mais frio fica na parte de trás, enquanto o mais quente fica na porta. Por isso, o ideal é guardar produtos como leite e carne na parte de trás. Já a porta é o local perfeito para guardar produtos menos perecíveis como manteiga e refrigerantes. mbora muitas geladeiras modernas venham com sensores integrados, no geral, eles só medem a temperatura em um ponto específico. Além disso, em 68% das casas, a temperatura nunca é ajustada. Um conselho prático é colocar termômetros em diferentes partes da geladeira. Se algum superar os 5°C, é porque está na hora de ajustar a temperatura. Mas não se esqueça: os indicadores integrados no interior da geladeira nem sempre refletem a temperatura real de todo o interior. Além disso, evite encher a geladeira. Mantenha o refrigerador cheio em 75% da sua capacidade para que o ar frio circule corretamente. Uma forma de fazer isso é guardando frutas secas, tomates, pimentão, batatas e mel em um armário, já que esses produtos não precisam de refrigeração. Mas a temperatura não é a única preocupação. Mesmo uma geladeira que funciona bem pode conter patógenos, provavelmente levados por alimentos que já estavam contaminados antes de serem guardados. Apesar das temperaturas baixas impedirem o crescimento de muitas bactérias, algumas, como a Listeria monocytogenes, podem sobreviver e até mesmo se multiplicar em baixas temperaturas. A Listeria é especialmente perigosa para grávidas e adultos, e pode ser encontrada em queijos brancos, peixes crus (incluindo sushi), embutidos, verduras e sanduíches preparados. Para reduzir o risco de contaminação, as autoridades de segurança alimentar recomendam: Melhorar seus hábitos em relação aos cuidados com a geladeira pode não parecer tão empolgante, mas ajuda a manter os alimentos frescos por mais tempo, além de proteger sua saúde, que é o mais importante. Ah, e sobre aquele frango na geladeira, que sobrou no início da semana…é importante sentir o cheiro. Mas o fato de uma sobra cheirar bem não significa que seja seguro comê-la. Bactérias como a salmonela ou a listeria nem sempre tem um cheiro ruim. *Oleksii Omelchenko é microbiologista e pesquisador de Listeria e outros patógenos no Instituto Quadram, um centro de pesquisa em biociência e saúde em Norwich, Reino Unido. Judith Evans é professora de Engenharia Meânica na London South Bank University. Este artigo foi publicado originalmente no The Conversation e reproduzido sob licença da Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original.
O que é inteligência artificial? Um guia simples para entender a tecnologia

Fonte: BBC News Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 18/07/2023 Você já conhece a inteligência artificial? Nos últimos seis meses, os chatbots, como o ChatGPT, e os geradores de imagens, como o Midjourney, rapidamente se tornaram um fenômeno cultural. Mas os modelos de inteligência artificial (IA) ou “aprendizado de máquina” já existem há algum tempo. Neste guia para iniciantes, iremos além dos chatbots para examinar diferentes tipos de IA – e ver como ela já desempenha um papel em nossas vidas. Como a IA aprende? A chave para todo aprendizado de máquina é um processo chamado treinamento, em que um programa de computador recebe uma grande quantidade de dados – às vezes com rótulos explicando o que são os dados – e um conjunto de instruções. A instrução pode ser algo como: “encontre todas as imagens que contêm rostos” ou “categorize esses sons”. O programa então procurará padrões nos dados que recebeu para atingir esses objetivos. Pode ser necessário algum empurrão ao longo do caminho – como “isso não é um rosto” ou “esses dois sons são diferentes” – mas o que o programa aprende com os dados e as pistas fornecidas torna-se o modelo de IA – e o material de treinamento termina definindo suas habilidades. Uma maneira de ver como esse processo de treinamento pode criar diferentes tipos de IA é pensar em diferentes animais. Ao longo de milhões de anos, o ambiente natural levou os animais a desenvolver habilidades específicas. De maneira semelhante, os milhões de ciclos que uma IA faz por meio de seus dados de treinamento moldarão a maneira como ela se desenvolve e levarão a modelos especializados de IA. Então, quais são alguns exemplos de como treinamos IAs para desenvolver diferentes habilidades? O que são chatbots? Pense em um chatbot como um papagaio. Ele faz imitação e pode repetir palavras que ouviu com alguma compreensão de seu contexto, mas sem um sentido completo de seu significado. Os chatbots fazem o mesmo – embora num nível mais sofisticado – e estão prestes a mudar a nossa relação com a palavra escrita. Mas como esses chatbots sabem escrever? Eles são um tipo de IA conhecido como modelos de linguagem grande (MLLs) e são treinados com grandes volumes de texto. Um MLL é capaz de considerar não apenas palavras individuais, mas frases inteiras e comparar o uso de palavras e frases em uma passagem com outros exemplos em todos os seus dados de treinamento. Usando esses bilhões de comparações entre palavras e frases, é possível ler uma pergunta e gerar uma resposta – como uma mensagem de texto preditiva em seu telefone, mas em grande escala. O incrível sobre os grandes modelos de linguagem é que eles podem aprender as regras da gramática e descobrir o significado das palavras, sem ajuda humana. Visão de especialistas: O futuro dos chatbots “Em 10 anos, acho que teremos chatbots que funcionarão como especialistas em qualquer domínio que você desejar. Assim, você poderá perguntar o que precisar a um médico especialista, a um professor, a um advogado e fazer com que esses sistemas realizem coisas para você.” Posso conversar com a inteligência artificial? Se você já usou Alexa, Siri ou qualquer outro tipo de sistema de reconhecimento de voz, está usando IA. Imagine um coelho com suas orelhas grandes, adaptadas para captar pequenas variações de som. A IA grava os sons enquanto você fala, remove o ruído de fundo, separa sua fala em unidades fonéticas – os sons individuais que compõem uma palavra falada – e depois os compara a uma biblioteca de sons de linguagem. Sua fala é então transformada em texto, onde quaisquer erros de escuta podem ser corrigidos antes que uma resposta seja dada. Esse tipo de inteligência artificial é conhecido como processamento de linguagem natural. É a tecnologia por trás de tudo, desde você dizer “sim” para confirmar uma transação bancária por telefone, até pedir ao seu celular para informar sobre o tempo nos próximos dias em uma cidade para a qual você está viajando. A IA pode entender imagens? Seu telefone já reuniu suas fotos em pastas com nomes como “na praia” ou “Natal”? Então você está usando IA sem perceber. Um algoritmo de IA descobriu padrões em suas fotos e os agrupou para você. Esses programas foram treinados examinando uma grande quantidade de imagens, todas rotuladas com uma descrição simples. Se você der a uma IA de reconhecimento de imagem exemplos suficientes rotulados como “bicicleta”, eventualmente ela começará a descobrir como é uma bicicleta e como ela é diferente de um barco ou carro. Às vezes, a IA é treinada para descobrir pequenas diferenças em imagens semelhantes. É assim que o reconhecimento facial funciona, encontrando uma relação sutil entre as características do seu rosto que o tornam distinto e único quando comparado a todos os outros rostos do planeta. O mesmo tipo de algoritmo foi treinado com exames médicos para identificar tumores que oferecem risco à vida – e pode funcionar em milhares de investigações no tempo que levaria para um médico examinar apenas um paciente. Como a IA cria novas imagens? Recentemente, o reconhecimento de imagem foi adaptado a modelos de IA que aprenderam o poder camaleônico de manipular padrões e cores. Essas IAs geradoras de imagens podem transformar os padrões visuais complexos que coletam de milhões de fotografias e desenhos em imagens completamente novas. Você pode pedir à IA para criar uma imagem fotográfica de algo que nunca aconteceu – por exemplo, a foto de uma pessoa andando na superfície de Marte. Ou você pode direcionar criativamente o estilo de uma imagem: “Faça um retrato da técnica de futebol do Brasil, pintado no estilo de Picasso”. As IAs mais recentes iniciam o processo de geração dessa nova imagem com uma coleção de pixels coloridos aleatoriamente. Ela procura nos pontos aleatórios qualquer sugestão de um padrão que aprendeu durante o treinamento – padrões para construir objetos diferentes. Esses padrões são lentamente aprimorados pela adição de mais camadas de pontos aleatórios, mantendo os pontos que desenvolvem o padrão
A importância do canto coral na sociedade

Fonte: Sabra | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 09/02/2022 Muitas pessoas acreditam que o canto coral consiste, simplesmente, na reunião de um grupo de pessoas para cantar de forma conjunta. Mas, a grande verdade, é que esta é uma opinião muito simplista diante da grandeza que o canto coral representa. Cantar em conjunto é uma prática social bastante antiga. Acredita-se que ela surgiu quando os seres humanos começaram a se reunir em bandos. Na Grécia antiga, o canto coral estava associado com o teatro grego e de lá pra cá, essa manifestação cultural tem mostrado sua importância cada vez mais relevante para a sociedade. A composição de um coral tem como objetivo executar vozes em harmonia, o que exige uma combinação de diferentes notas entre as vozes, executando os acordes. Quem participa de um coletivo de canto coral tem a oportunidade de melhorar a o ouvido musical, desenvolver a técnica vocal e enriquecer a cultura geral, visto que passa a aprender canções de diferentes culturas, países e línguas. Os ensaios são desenvolvidos sempre a partir de técnicas, estilos e repertórios. Além disso, existem diversos benefícios, tanto no nível individual quanto social, que podem ser colhidos por meio da experiência com canto coral. Canto coral e seu impacto na sociabilidade Um dos grandes benefícios proporcionados pelo canto coral é a sociabilidade. Dentre todas as artes, a música é uma das que tem maior capacidade de gerar o sentimento de proximidade, conexão e irmandade entre as pessoas. O canto coral incentiva a socialização e estimula os grupos a estabelecerem laços de amizade, de consideração e de respeito entre si. Cada um tem a sua responsabilidade e precisa desempenhar um papel em favor da coletividade, que ao final, resulta em uma perfeita harmonia. Pessoas que participam das atividades de um coral, desenvolvem a atenção plena, que amplia a capacidade auditiva. Somente aqueles que conseguem perceber tudo o que ocorrem no seu entorno, são capazes de saber o tom, o timbre e o tempo certo de cada música. Toda a dinâmica envolvida na integração de um coral, é fundamental par ao engajamento do grupo, tornando algo belo e significativo. Além disso, as apresentações de um grupo de canto coral são importantíssimas para levar a arte e a cultura para as pessoas. É uma forma de garantir o acesso à arte, de disseminar e fomentar a cultura musical. Benefícios gerais da prática do canto coral • É uma atividade coletiva que trabalha o senso de coletividade e de cooperação;• Estimula o espírito de equipe entre os integrantes;• Ajuda a trabalhar e reduzir sintomas de estresse, ansiedade e depressão, por meio do contato com a arte musical;• Beneficia o sistema imunológico;• Melhora a capacidade respiratória dos indivíduos;• Oportuniza o contato e conhecimento de diferentes gêneros musicais;• Aprimora a percepção melódica, harmônica e rítmica;• Estimula a criatividade;• Contribui para melhorar a articulação da fala, que também é importante na sociabilidade;• Estimula o foco e a concentração;• Desenvolve as habilidades cognitivas e motoras;• Promove a sensação de bem-estar;• Estimula a memória por meio das letras das músicas;• Amplia o vocabulário por meio da aprendizagem de uma ampla variedade de canções. Experimente os benefícios do canto coral ou incentive seus filhos a vivenciarem essa experiência.