Exemplos e estratégias de arquitetura sustentável pelo Brasil
Fonte: CNN Brasil| Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet/CNN Brasil Data: 03/10/2024 Diferentes regiões do país adotam soluções específicas para lidar com suas condições climáticas e geográficas A arquitetura sustentável tem ganhado espaço no Brasil, incorporando práticas que respeitam o meio ambiente e promovem a eficiência energética. Diferentes regiões do país adotam soluções específicas para lidar com suas condições climáticas e geográficas e aproveitam materiais locais e técnicas inovadoras para criar construções que integram conforto, economia e respeito à natureza. Diferentes regiões do país adotam soluções específicas para lidar com suas condições climáticas e geográficas e aproveitam materiais locais e técnicas inovadoras para criar construções que integram conforto, economia e respeito à natureza. Exemplos na prática Norte: Palácio Rio Negro, Manaus (AM) Localizado no coração da Amazônia, o Palácio Rio Negro passou por uma restauração que incluiu melhorias na eficiência energética e na gestão de água, sem perder sua essência histórica. “Essa integração de soluções sustentáveis com o clima úmido da Amazônia é um exemplo de como é possível preservar o patrimônio cultural enquanto se adota práticas sustentáveis”, comenta Lucas de Lucena Rocha, arquiteto e mestre em Ciências Ambientais pela UFRPE. Nordeste: Escola Parque Dunar, Natal (RN) — No Nordeste, a Escola Parque Dunar utiliza ventilação natural e técnicas de bioclimatização para lidar com o clima quente e seco. “A escola prioriza o uso de materiais locais e técnicas de construção que minimizam o impacto ambiental, tornando-a um exemplo notável de sustentabilidade no semiárido brasileiro”, acrescenta Rocha. Centro-Oeste: Edifício Sede do SEBRAE, Brasília (DF) — Já no Centro-Oeste, o Edifício Sede do SEBRAE destaca-se por soluções de conforto ambiental, como iluminação natural, fachadas ventiladas e o uso de telhado verde e painéis solares. “A construção se adapta ao clima tropical, com variações de temperatura, ao aproveitar ao máximo os recursos naturais disponíveis”, explica o arquiteto. Sudeste: Instituto Inhotim, Brumadinho (MG) — O Instituto Inhotim, em Minas Gerais, adota práticas de construção sustentável, como o uso de materiais reciclados e a integração das edificações com a paisagem natural. “A proposta é que a arquitetura dialogue com a natureza, promovendo um ambiente que respeite o bioma local e que, ao mesmo tempo, seja eficiente em termos de recursos”, observa Ana Belizário, arquiteta e diretora comercial da Urbem, indústria de madeira engenheirada. Sul: Casa Gilberto Petry, Porto Alegre (RS) — No Sul, a Casa Gilberto Petry utiliza técnicas como captação de energia solar, isolamento térmico e reaproveitamento de água da chuva, adaptando-se ao clima frio da região. “O design é adaptado ao clima frio da região sul, promovendo eficiência energética e conforto”, complementa Rocha. Clima e sustentabilidade A diversidade climática do Brasil impõe desafios únicos para a arquitetura sustentável. No Norte, por exemplo, o clima quente e úmido exige ventilação natural, uso de materiais locais como madeira e palha, e sistemas para captar água da chuva. “Já no Nordeste, onde o clima é quente e seco, a bioclimatização, o sombreamento e o uso de materiais térmicos como o adobe são fundamentais”, destaca Rocha. No Centro-Oeste, o clima tropical com variações de temperatura requer eficiência energética, aproveitamento de energia solar e uso de materiais cerâmicos. No Sudeste, regiões de altitude com variações térmicas favorecem projetos com ventilação natural e o uso de materiais reciclados. “No Sul, o clima subtropical exige bom isolamento térmico, uso de energias renováveis como solar e eólica, e sistemas de reaproveitamento de água para lidar com invernos frios e verões quentes”, ressalta Rocha. Materiais e tecnologias: escolhas estratégicas A escolha dos materiais e das tecnologias certas é crucial para a sustentabilidade na construção civil. “Materiais naturais ou com baixa emissão de carbono, como as estruturas de madeira engenheirada, são uma excelente opção”, pontua Ana Belizário, arquiteta e diretora comercial da Urbem. “Também temos estratégias de ventilação cruzada e iluminação natural, que reduzem a necessidade de ar condicionado e iluminação artificial, economizando energia.” Rocha complementa que o uso de tecnologias como painéis solares e sistemas de reaproveitamento de água são comuns em projetos sustentáveis. “Essas tecnologias contribuem para a eficiência energética e a conservação de recursos naturais, o que é essencial para reduzir a pegada de carbono.” Impactos e benefícios da arquitetura sustentável A adoção de práticas sustentáveis na arquitetura não traz apenas benefícios ambientais, mas também sociais e econômicos. “A redução da pegada de carbono, a economia de recursos naturais, a conservação da água e a redução de resíduos são alguns dos impactos positivos”, explica Rocha. “Essas práticas não só ajudam a preservar o meio ambiente, mas também promovem uma melhor qualidade de vida para a sociedade.” Belizário destaca que a sustentabilidade também está ligada à valorização do contexto local e ao apoio às economias regionais. “Quando escolhemos materiais locais ou técnicas tradicionais, estamos fortalecendo comunidades e incentivando práticas justas e conscientes.”
Brasil envia mais 16,8 toneladas de donativos para o Líbano
Fonte: Agência GOV | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet/Agência GOV| Data: 26/10/2024 A Operação Raízes do Cedro, do Governo Federal, já possibilitou o envio de sete cargas de alimentos e medicamentos doadas à população que vive na zona de conflito no Líbano A Operação Raízes do Cedro, que já soma oito voos de resgate de brasileiros e familiares da zona de conflito no Líbano, também tem aproveitado os deslocamentos da aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), para enviar insumos hospitalares, além de alimentos, para a população afetada pela guerra. Em mais uma missão da operação, o KC-30 decolou por volta das 15h20 deste sábado, 26 de outubro, para a nona missão de repatriação levando uma carga de 16,8 toneladas de produtos, sendo, aproximadamente, 9,5 toneladas de medicamentos, incluindo 400 mil ampolas do midazolam, utilizado para sedação pré-cirúrgica e para intubação orotraqueal, doados pelo Ministério da Saúde. No mesmo voo também foram encaminhados cestas básicas e medicamentos, arrecadados pela Embaixada do Líbano, em Brasília, em conjunto com o Consulado-Geral do Líbano, em São Paulo, por meio da Associação Unidos pelo Líbano – UpL, e pelo o Consulado-Geral do Líbano, no Rio de Janeiro. A Operação Raízes do Cedro, do Governo Federal, já possibilitou doações ao Líbano de sete cargas de medicamentos, seringas descartáveis e envelopes para reidratação oriundos dos estoques públicos do SUS administrados pelo Ministério da Saúde, além de medicamentos e cestas básicas arrecadados pelas representações diplomáticas e consulares do Líbano no Brasil e doadas por empresas farmacêuticas brasileiras. As doações feitas pelo Ministério da Saúde atendem à demanda apresentada pela Embaixada do Líbano em Brasília, em setembro. A cooperação humanitária internacional do Brasil acontece com base nos estoques do Sistema Único de Saúde (SUS) administrados pelo Ministério da Saúde. Nesse sentido, doações são realizadas após análise técnica que assegura não haver risco de comprometimento do abastecimento nacional no âmbito do SUS. Raio-x da Operação Raízes do Cedro NOVOS VOOS — O Itamaraty, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, está em contato com brasileiros e seus familiares próximos para prestar-lhes assistência consular e verificar a necessidade de promover novo voo de repatriação, a depender das condições de segurança no terreno. ORIENTAÇÕES — O governo brasileiro reitera o alerta para que todos sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tal, que procurem deixar o território libanês por meios próprios. O aeroporto de Beirute continua em operação, com voos da companhia libanesa Middle East Airlines. Os números de plantão consular do Itamaraty seguem à disposição, em caso de necessidade, ambos com Whatsapp: +55 (61) 98260-0610 e +55 (61) 98313-0146. HISTÓRICO — A primeira escala da operação pousou no Brasil no último domingo, 6 de outubro. O grupo com 229 passageiros e três pets foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reforçou que o país seguirá com os esforços para trazer todos os brasileiros e familiares que necessitarem. Dois dias depois (8/10), uma nova escala da operação trouxe até São Paulo 227 passageiros e mais quatro animais domésticos. No dia 10 de outubro, uma terceira escala chegou com 218 passageiros e cinco pets. A quarta escala desembarcou em 12 de outubro, com 211 passageiros. O quinto voo pousou em 14 de outubro, com 220 passageiros e dois pets. No último sábado, dia 19, o sexto voo chegou ao Brasil, com 212 passageiros e um pet. A sétima escala da Operação Raízes do Cedro foi concluída na última terça-feira, 22 de outubro, com o desembarque de 82 passageiros, incluindo 11 crianças, e um pet. INSUMOS — Além de resgatar os brasileiros e familiares, o deslocamento do KC-30 até o Líbano é usado para o Brasil enviar insumos estratégicos em saúde para o Líbano. As escalas da operação já entregaram mais de 47 toneladas de donativos, entre insumos hospitalares, cestas de alimentos e outros. O governo brasileiro já enviou ao Líbano cinco cargas de medicamentos, seringas descartáveis e envelopes para reidratação oriundos dos estoques públicos do SUS administrados pelo Ministério da Saúde, além de medicamentos e cestas básicas arrecadados pela Embaixada do Líbano em Brasília, por meio da Associação Unidos pelo Líbano (UpL), e pelo Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro. ASSISTÊNCIA — Ao chegarem ao Brasil, as famílias são recebidas por equipes especializadas do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e da Agência da ONU para as Migrações (OIM), que acolhem as demandas imediatas e avaliam se as pessoas têm redes de proteção familiar ou social no Brasil, além de determinar a necessidade de acolhimento em abrigos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), de hospedagem temporária e, nos casos de famílias em condição de vulnerabilidade, a possibilidade de passarem a integrar programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família. SAÚDE — Outro grupo que atua na chegada dos resgatados do Líbano é o da Força Nacional do SUS, composta por médicos, enfermeiros e psicólogos que oferecem cuidados quanto à saúde física e mental dos repatriados. A equipe recebe uma espécie de manual de costumes do país, envolvendo cultura, comportamento, vestimenta, linguagem, religião e alimentação para prestar um atendimento mais humanizado e acolhedor. IDENTIFICAÇÃO — A força-tarefa de acolhimento de brasileiros repatriados do Líbano também conta com a presença do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que auxilia no controle e identificação dos recém-chegados. O trabalho é feito com apoio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). PETS — O Ministério da Agricultura e Pecuária manteve a flexibilização de regras para entrada de cães e gatos. As unidades da Vigilância Agropecuária Internacional, em conjunto com a Coordenação de Trânsito e Integração Nacional de Cargas e Passageiros, adotam protocolo especial para animais de estimação provenientes do Oriente Médio. O procedimento permite que tutores ingressem sem a apresentação imediata de documentos exigidos em condições normais. VOLTANDO EM PAZ — As ações de repatriação e recepção são similares às realizadas pelo Governo Federal entre outubro de 2023 e janeiro de 2024, na Operação Voltando em Paz, que repatriou mais