Fonte: Previ | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet – Previ | Data: 18/09/2025
Resultado positivo de R$ 4,2 bilhões no mês reverte déficit de 2024; Previ Futuro supera meta em todos os perfis.
Agosto foi um mês de resultados expressivos para os planos administrados pela Previ. O Plano 1 apresentou resultado positivo de R$ 4,2 bilhões, revertendo o déficit de 2024 e alcançando superávit acumulado de R$ 1,48 bilhão em 2025. A rentabilidade no ano está em 9,25%, bem acima da meta atuarial de 6,32%, o que confirma o acerto da estratégia de investimentos e reforça a solidez do Plano e a segurança de longo prazo dos benefícios.
O Previ Futuro também manteve bom desempenho, com todos os perfis superando a meta atuarial no acumulado de 2025, resultado que reflete a diversificação das carteiras e a disciplina na execução da política de investimentos.
O Plano 1 reúne mais de 106 mil participantes e administra uma carteira de aproximadamente R$ 233 bilhões em investimentos. Já o Previ Futuro tem 87 mil participantes e patrimônio de cerca de R$ 39 bilhões.
Cenário macroeconômico
O mês de agosto combinou inflação resiliente, enfraquecimento do mercado de trabalho e ruído político nos Estados Unidos. A fraqueza nos dados de emprego abriu espaço para uma retomada de cortes graduais de juros pelo Fed, o banco central americano, já observada em setembro.
Na zona do euro, a inflação ficou em 2%, com queda nos preços de energia e estabilidade nos serviços. Esse cenário motivou a manutenção das taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). O acordo tarifário de 15% entre União Europeia e Estados Unidos entrou em vigor, trazendo mais previsibilidade ao comércio internacional.
No Brasil, o IPCA registrou deflação de -0,11% em agosto, impulsionado pela valorização do Real, que ajudou a conter os preços dos bens. No entanto, a inflação de serviços segue pressionada, o que desafia o processo de desinflação. A atividade econômica dá sinais de desaceleração com o IBC-Br, prévia do PIB calculada pelo Banco Central, em queda pelo segundo mês consecutivo.
O mercado de trabalho doméstico continua resiliente, sustentando parte da demanda interna. Eventual início do ciclo de redução da Selic é projetado para o primeiro trimestre de 2026, considerando a necessidade de ancoragem das expectativas de inflação à meta.
Agosto também foi marcado por forte alta da Bolsa brasileira, com o Ibovespa subindo 6,28%, um recorde nominal de fechamento mensal. O desempenho reflete o movimento global de realocação de recursos para ativos de risco e mercados emergentes.
Plano 1
O bom desempenho do Plano 1 no ano foi reforçado em agosto, com um expressivo resultado de R$ 4,17 bilhões, que reverteu o déficit de 2024 e gerou um superávit acumulado de R$ 1,48 bilhão. A rentabilidade de 9,25% em 2025 supera com folga a meta atuarial para o período, de 6,32%. A renda variável teve grande impacto no desempenho, com rentabilidade de 7,03% somente em agosto. No ano, o segmento acumula ganhos de 14,13%.
A estratégia de imunização da carteira segue firme. A maturidade do plano demanda aderência entre ativos e passivos previdenciários, reduzindo riscos e fortalecendo a previsibilidade de fluxos.
Por isso, ao longo de 2025, após movimentos importantes de desinvestimentos de renda variável, cerca de R$ 7 bilhões foram realocados em títulos públicos federais com taxa de 7,35% a.a., superior à meta atuarial.
A alocação em renda variável, que era de 59% em 2012, hoje está em 26%, com tendência de redução gradual e rebalanceamento do portfólio. A renda fixa, que este ano tem rentabilidade de 7,33%, já responde por mais de 60% da carteira.
As decisões de investimentos seguem processos decisórios técnicos, com foco em equilíbrio atuarial, gestão de riscos e perenidade, com a missão de pagar benefícios com segurança e sustentabilidade.
Venda de participação na Neoenergia
Em setembro, foi anunciada a venda da participação na Neoenergia para a Iberdrola, uma das maiores empresas globais de energia renovável, com presença relevante no Brasil. Considerada muito positiva para a Previ, a operação é estimada em cerca de R$ 12 bilhões, com ágio de aproximadamente R$ 2 bilhões sobre o valor de mercado.
A liquidação financeira da operação, prevista para as próximas semanas, deve contribuir para ampliar o superávit acumulado do Plano 1. Nas redes sociais da Previ, o diretor de investimentos Cláudio Gonçalves comentou a operação (https://www.instagram.com/reel/DOt7nX8ieOd/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=Mzdmem9pZW0wejh6):
Previ Futuro
O Previ Futuro apresenta rentabilidade acumulada de 10,30% em 2025, acima da meta de 6,23% e do CDI de 9,02%. Os perfis do tipo risco-alvo registram desempenho entre 8,62% e 12,67%, com rentabilidades correspondentes à alocação em renda variável. Já os perfis data-alvo acumulam altas que variam de 9,32% a 13,01% em 2025, evolução coerente com o horizonte de investimento e a estratégia de alocação. Com foco na redução da volatilidade e preservação de capital, o perfil Pré-aposentadoria apresenta rentabilidade acumulada de 3,46% desde seu lançamento, em abril.
A estratégia do plano está ancorada na aderência entre prazos dos investimentos, objetivos dos associados e sua tolerância a riscos. Além disso, é regida por políticas que otimizam a relação risco¿retorno e incorporam critérios ASGI na seleção e no monitoramento de ativos, reforçando a solidez da gestão.
Expectativas
A Previ segue atenta ao cenário econômico global e doméstico, com gestão ativa e decisões técnicas para proteger os benefícios dos associados no longo prazo. Para o Plano 1, a estratégia de redução gradual da exposição em renda variável com rebalanceamento do portfólio e reforço em NTN-Bs e outros ativos menos sujeitos a oscilações, continuará sendo executada de forma disciplinada, aproveitando oportunidades de mercado.
A venda da Neoenergia reforça o compromisso com uma carteira alinhada ao perfil de maturidade do Plano 1, garantindo maior previsibilidade e sustentabilidade dos resultados futuros.
Para o Previ Futuro, a expectativa é de manter a consistência dos resultados no ano, com carteiras diversificadas e aderentes ao perfil de risco e horizonte de aposentadoria de cada participante. A política de alocação segue calibrada para capturar ganhos em diferentes classes de ativos e preservar o capital próximo da data de aposentadoria.
Transparência e Acompanhamento
A Previ mantém o compromisso com a transparência e a prestação de contas, divulgando mensalmente os resultados e disponibilizando materiais de referência em seus canais institucionais, para acompanhamento contínuo pelos participantes.