Fonte: Previ | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet – Previ | Data: 14/04/2025
Investimentos têm bom desempenho, mas alta da inflação impacta Plano 1
Em fevereiro, os investimentos dos planos da Previ tiveram desempenho positivo: o Plano 1 teve rentabilidade de 0,67%, enquanto o Previ Futuro avançou 0,32%, no consolidado dos perfis. No entanto, o resultado do Plano 1, que havia apresentado uma boa recuperação em janeiro de 2025, foi impactado pelo INPC, que teve alta de 1,48% — a maior variação para o mês observada desde 2003.
Com o impacto da inflação, o Plano 1 encerrou o mês com perdas de R$ 2,9 bilhões. O desempenho reflete a variação das provisões matemáticas, impactadas, principalmente, pela alta recorde do INPC. O déficit acumulado do plano chegou a R$ 4,7 bilhões.
Mas os associados do Plano 1 não precisam se preocupar. A projeção de março já sinaliza uma boa recuperação. Com a desaceleração da inflação no mês e um bom resultado dos investimentos, a estimativa é de um superávit na casa dos R$ 3,5 bilhões, o que deve reduzir significativamente o déficit acumulado do plano.
Plano 1
A carteira de Renda Variável do plano teve uma leve retração em fevereiro, de 0,16%. O resultado foi bem melhor que o do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, que desvalorizou 2,64% no mês. A valorização de 1,87% nas ações da Vale, que têm grande representatividade no portfólio, contribuiu para esse resultado.
O segmento de Renda Fixa, que representa cerca de 64% dos investimentos do plano, teve alta de 1,02%, ligeiramente acima do CDI. Os títulos públicos mantidos até o vencimento — ou marcados na curva, no jargão do mercado —, contribuíram para o desempenho, com rentabilidade de 1,13%.
Com o cenário de aumento de incertezas em âmbito internacional, a carteira de investimentos no exterior, que foi destaque de rentabilidade em 2024, registrou queda de 1,86% em fevereiro. Por outro lado, investimentos imobiliários e estruturados capturaram, respectivamente, ganhos de 0,19% e 1,05% no mês, reforçando a importância da diversificação.
Previ Futuro
A carteira de Renda Variável do Previ Futuro recuou 2,61% em fevereiro, acompanhando de perto a desvalorização do Ibovespa no período. Já o segmento de Renda Fixa, no qual a maior parte dos ativos do plano estão alocados, teve desempenho positivo no mês, com rentabilidade de 0,82%, um pouco abaixo do CDI.
Com exceção do segmento de investimentos no exterior, que registrou queda de 1,46% no período, nas demais classes, os resultados foram positivos: imobiliários, 0,79%, e estruturados, 0,80%.
Em relação aos perfis de investimento, a queda da bolsa no período impactou as opções com maior alocação em renda variável, levando ao recuo de 1% no Agressivo e de 1,05% no Ciclo de Vida 2060. Entre os perfis de menor risco, destaques para o Conservador, com rentabilidade positiva 0,69%, e o Ciclo de Vida 2030, com alta de 0,51%.
Cenário econômico
No cenário global, o mês de fevereiro foi marcado por contrastes. A primeira quinzena foi relativamente positiva, devido à percepção de uma trégua na guerra tarifária promovida por Donald Trump. Esse otimismo, entretanto, foi revertido pelo temor em relação à desaceleração da atividade econômica nos Estados Unidos e a retomada do discurso de ampliação de tarifas comerciais pelo governo americano.
Na Europa, apesar dos esforços diplomáticos em andamento, permanece a tensão geopolítica entre Ucrânia e Rússia. Na Alemanha, a eleição de Friedrich Merz como novo líder trouxe expectativas de estímulo econômico por meio da flexibilização do freio da dívida, um mecanismo de controle das contas públicas, e de novos investimentos em infraestrutura.
No Brasil, desde o fim de 2024, a atividade econômica tem mostrado sinais de desaceleração e o fechamento dos dados de janeiro de 2025, divulgado em fevereiro, reforçou essa percepção. O IBC-Br, indicador mensal de atividade econômica, avançou 0,89%, com queda de 0,2% nos serviços, estabilidade na indústria e crescimento de 2,3% no varejo ampliado.
Apesar do superávit primário de R$ 84 bilhões em janeiro — o maior valor nominal da série histórica —, as preocupações em relação à política fiscal persistem, devido ao crescimento das despesas. A equipe econômica sinalizou medidas como mudanças no regime do FGTS, isenção do Imposto de Renda e reforma ministerial.
No mercado de câmbio, o dólar atingiu R$ 5,69 na primeira quinzena de fevereiro, refletindo a acomodação da moeda no exterior e o tom moderado do governo Trump em relação ao protecionismo comercial. Na segunda metade do mês, no entanto, a moeda brasileira se desvalorizou, com o dólar encerrando o período cotado a R$ 5,85.
Perspectivas
De forma geral, o início do ano tem sido mais benéfico para o mercado brasileiro, proporcionando melhor rentabilidade e menos volatilidade. A Previ segue confiante na entrega de valor aos seus participantes, mantendo o foco na diversificação e na gestão prudente dos investimentos. Mantida a conjuntura atual de mercado, as perspectivas para a carteira de investimentos da Previ são positivas para os próximos meses.
A transparência é um dos nossos valores fundamentais. Por isso, o desempenho mensal dos planos é divulgado na seção Prestação de Contas do site, e no App. Para ficar por dentro do resultado e de todas as notícias sobre a Entidade, acompanhe nossos canais oficiais.