Fonte: CNN Brasil | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet / Design por Freepik | Data: 10/12/2025
Tecnologia de chip virtual oferece praticidade para quem viaja ou quer ter duas linhas no mesmo aparelho, mas apresenta desafios em caso de quebra ou perda do dispositivo.
O eSIM, ou chip virtual, tem se tornado uma alternativa cada vez mais presente nos smartphones modernos, substituindo gradualmente os tradicionais chips físicos (SIM cards). A tecnologia representa uma evolução na forma como nos conectamos às redes móveis, mas traz consigo tanto benefícios quanto desafios para os usuários.
Na prática, o eSIM nada mais é do que a versão digital do chip físico, armazenada diretamente na memória do aparelho. Para ativá-lo, basta escanear um QR code fornecido pela operadora ou usar o aplicativo da empresa para fazer a instalação virtual. Essa tecnologia está disponível na maioria dos smartphones recentes, sejam iPhones ou Android, explica Adriano Ponte, do Canaltech, durante o quadro CNN Tech.
Uma das principais vantagens destacadas pelos defensores do eSIM é a segurança em casos de roubo ou perda do aparelho. Como o chip não pode ser removido fisicamente, teoricamente dificultaria o uso do dispositivo por terceiros. No entanto, Ponte esclarece que essa segurança é relativa.
“Se eu tiver com o eSIM aqui dentro, não tem como remover, mas eu posso forçar ele a desligar”, explica. Além disso, para rastreamento, não é o chip que importa, mas as tags que continuam emitindo sinal mesmo com o aparelho desligado.
A praticidade é outro ponto forte do eSIM, especialmente para quem viaja ou precisa de uma segunda linha. Com ele, é possível adicionar ou trocar de operadora sem a necessidade de um chip físico, simplificando a gestão de múltiplas linhas em um único aparelho. “Para muita gente, é mais prático numa viagem ou por alguma razão ter um segundo chip, baixar o aplicativo e cadastrar um eSIM”, destaca Adriano.
Desvantagens do eSIM no dia a dia
Apesar das vantagens, o eSIM também apresenta limitações significativas. Um dos principais problemas ocorre quando o aparelho quebra ou apresenta defeitos. Com o chip físico tradicional, é possível simplesmente removê-lo e inseri-lo em outro dispositivo para continuar usando a linha. Já com o eSIM, isso se torna impossível, deixando o usuário dependente de procedimentos junto à operadora para transferir a linha para outro aparelho.
“Antes, o que eu fazia? Eu sempre tinha um celular velho na gaveta, eu tirava o chip, botava no outro antigo, até eu poder trocar o celular, mandar consertar o meu aparelho”, relata a apresentadora Clarissa Oliveira, já que a tendência é que os fabricantes eliminem completamente o slot para chips físicos, como acontece em alguns modelos vendidos nos Estados Unidos.
Outra questão é a ativação do eSIM em novos dispositivos. Embora o processo seja simples, envolvendo o escaneamento de um QR code ou o uso do aplicativo da operadora, ele exige que o aparelho esteja funcionando para completar a transferência. Em caso de problemas com o smartphone atual, isso pode representar um obstáculo significativo.
A tendência é que os fabricantes continuem oferecendo ambas as opções por algum tempo, permitindo que o usuário escolha entre o chip físico e o eSIM conforme sua preferência e necessidade. No entanto, alguns modelos já começam a abandonar completamente o suporte ao chip físico, sinalizando que o futuro pode ser totalmente digital nesse aspecto.





