Gordura visceral pode ser prognóstico de Alzheimer 20 anos antes dos primeiros sintomas

Fonte: G1 | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet/ G1 Data: 03/12/2024 Na reunião anual da Sociedade Norte-Americana de Radiologia (RSNA em inglês), que vai até o dia 5, pesquisadores apresentaram trabalho associando um determinado tipo de gordura corporal às proteínas encontradas no cérebro que são consideradas marcadores da Doença de Alzheimer – o mais interessante é que o quadro se manifestava 20 anos antes do surgimento dos primeiros sintomas de demência. “Conseguimos chegar a esse resultado porque investigamos a patologia do Alzheimer na meia-idade, entre os 40 e 50 anos, quando a doença está em estágios iniciais e modificações no estilo de vida, como perda de peso e redução de gordura visceral, são meios eficazes para prevenir ou retardar o começo da enfermidade”, afirmou a médica Mahsa Dolatshahi, pesquisadora de pós-doutorado e autora principal do estudo. Nos Estados Unidos, há quase sete milhões de pessoas, acima dos 65 anos, vivendo com a doença. No Brasil, a estimativa da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) é que sejam 1.7 milhão de pacientes acima dos 60 com algum tipo de demência – o Alzheimer corresponde a 55% dos casos. O estudo contou com 80 indivíduos sem qualquer alteração cognitiva, com idade média de 49 anos, sendo 62.5% deles mulheres. No grupo, 57.5% eram obesos e todos se submeteram a exames de sangue e de imagem do cérebro, além de ressonância magnética do abdômen, para medir o volume de gordura subcutânea – a que fica embaixo da pele – e gordura visceral, que se acumula na cavidade abdominal, entre os órgãos internos. Um maior nível da visceral estava relacionado ao aumento de placas de proteína amiloide, que se acumulam no cérebro e causam danos irreversíveis. “Os pacientes estavam na meia-idade, a décadas de exibir os primeiros sintomas de demência, mas já havia uma condição alterada”, disse Dolatshahi. O estudo também mostrou que um alto nível de resistência à insulina (que leva ao diabetes) e um baixo nível de HDL, um tipo de colesterol considerado benéfico à saúde, estavam atrelados às proteínas amiloide no cérebro. A doutora e seus colegas apresentaram ainda outra pesquisa, no mesmo encontro da entidade, revelando, através de imagens, que obesidade e gordura visceral diminuem o fluxo sanguíneo para o cérebro.

Dez dicas para aumentar a segurança financeira das mulheres

Fonte: G1| Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet/G1 Data: 07/11/2024 Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, o maior medo apontado por elas é viver além das suas reservas No seminário anual promovido pelo Instituto das Mulheres para uma Aposentadoria Segura (Women’s Institute for a Secure Retirement, conhecido como WISER), que acompanhei on-line, ficou claro não somente que a educação financeira é crucial para administrar bem o orçamento, evitar erros e tomar as melhores decisões, mas também que a desigualdade de gênero é um obstáculo para atingir esse objetivo. Mesmo nos EUA, 49% das mulheres entre os 18 e 64 anos (um contingente de cerca de 27 milhões) não têm acesso a um plano de previdência privado de seus empregadores. “Quando ajustamos a lente para minorias, 64% das hispânicas e 53% das negras estão nessa situação”, afirmou Catherine Collinson, CEO da Transamerica Institute, que realizou pesquisa com 57 mil trabalhadores. “Não podemos perder de vista que é a mulher que deixa o emprego para cuidar de filhos e pais idosos. Além de viver mais, elas não conseguem poupar tanto quanto os homens”, completou. O levantamento mostra que as mulheres avaliam sua situação financeira com ansiedade: apenas 16% se dizem confiantes de que conseguirão se aposentar e manter um padrão de vida confortável e 39% estimam que só deixarão de trabalhar depois dos 70 anos, ou nem consideram mais essa hipótese. Outro motivo de angústia é a perspectiva de se tornar uma cuidadora – uma tendência em ascensão, por causa do envelhecimento da população.