Fonte: Previ | Página: Online | Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet/Previ | Data: 10/11/2023
Quarta edição do Conselho Consultivo de Diversidade, Equidade e Inclusão do BB foi realizado em parceria com a Previ no Rio de Janeiro
Em parceria com a Previ, o Banco do Brasil realizou na sede da Entidade no Rio de Janeiro a 4ª edição do Conselho Consultivo de Diversidade, Equidade e Inclusão no final de outubro, quando é celebrado o Dia da Pessoa Idosa. O encontro, que debateu as diferentes gerações e as relações entre presente e futuro do trabalho, contou com a presença de conselheiros convidados com idades entre 21 e 67 anos e de representantes da alta administração do BB e da Previ.
Para João Fukunaga, presidente da Previ, a Entidade exerce um papel essencial em todas as fases da vida dos funcionários do BB e de suas famílias. “Nada mais propício do que a Previ discutir os pactos geracionais, seja do Previ Futuro que está entrando e acumulando a sua reserva, seja do Plano 1 que está gozando de seu benefício, mas que contribuiu para toda a reserva e construção do que a Previ é hoje. Essa é uma iniciativa muito importante para que a gente entenda as necessidades dos nossos associados”, afirmou. O propósito de cuidar do futuro das pessoas foi reforçado também por Márcio de Souza, diretor de Administração da Previ, que destacou a relação duradoura de cuidado e longevidade entre Previ, associado e familiares. Atualmente a Previ tem 119 associados com mais de 100 anos de idade. A mais velha é uma pensionista de 112 anos.
Trabalham hoje no BB funcionários de 18 a 77 anos de idade. É a primeira vez que cinco gerações convivem ao mesmo tempo na mesma empresa. Segundo dados do Caderno de Diversidade do 3T2023, a maior parte pertence à Geração X (de 44 a 63 anos), 49,3%, e à Geração Y – millenials (de 27 a 43 anos), 47,3%. Já na geração Z (de 14 a 27 anos) são 1,4% e 1,86% de Baby Boomers (mais de 64 anos), sendo 44 anos a idade média dos funcionários.
Essas gerações tão diversas perpassam desde o menor aprendiz até o funcionário com mais tempo de casa, desde os clientes com contas jovens até os que têm décadas de relacionamento com o BB. O mesmo vale para os associados da Previ, que vão desde as crianças do Previ Família até os aposentados centenários do Plano 1. Essa convivência é desafiadora e, ao mesmo tempo, muito enriquecedora, pois são diferentes vivências, comportamentos, aspirações, formas de aprender, de responder e de trabalhar. É por meio dessas pluralidades que são mostradas o valor positivo da diversidade para o mercado de trabalho e para a sociedade.
Com a fala, os convidados
Jessy dos Santos, secretária adjunta da Juventude, destacou que “juventude não é só uma faixa etária. É um direito que só foi conquistado em 2013 com o Estatuto da Juventude e precisamos garantir o direito dos jovens de serem jovens porque, do contrário, nós vamos perder o momento deles para contribuírem com o desenvolvimento econômico do nosso país”.
Kauanne Santos Patrocino, integrante do Conselho Jovem da UNICEF e representante da juventude latino-americana no “Youth Reference Group”, do Plan Internacional, trouxe sua experiência de vida e desafios como jovem periférica e sua participação efetiva em projetos sociais, apesar de ainda muito jovem. Em sua fala ela ressaltou a importância de as lideranças incluírem os mais jovens nos diálogos para construção de ideias e soluções inclusivas e inovadoras.
Já a assistente social e pesquisadora de longevidade Rita Martorelli contextualizou que a população idosa do país cresce cada vez mais e isto reflete não só na mudança da pirâmide etária, mas da economia. “Hoje já falamos da Economia prateada por meio de consumo de vitaminas, tinta de cabelo, roupas, viagens com foco nas pessoas mais velhas e isto é uma cadeia produtiva que gera riqueza e precisamos nos atentar”.
Mórris Litvak Jr. é idealizador da primeira ferramenta do Brasil com foco em recrutamento e seleção de pessoas 50+, que segundo dados trazidos por ela, representam 26% da sociedade brasileira. Mórris trouxe em pauta o Etarismo, preconceito relacionado a idade, principalmente com os mais velhos. Ele conta que na sua atuação “o grande desafio até hoje é convencer as empresas a contratarem pessoas acima de 50 anos, idade que as pesquisas mostram que a pessoa se torna invisível para o mercado de trabalho”. Além disso, destacou que mulheres sofrem o etarismo mais forte e mais cedo.
Isabelle Ribeiro, é Coordenadora Geral de Políticas de Envelhecimento Ativo e Saudável e Desenho Universal da Secretaria de Direitos Humanos da Pessoa Idosa e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa e lançou o questionamento – Quem tem direito a envelhecer nesse país? “Envelhecer, além de ser uma arte, é também um desafio e um privilégio. No nosso país as áreas mais envelhecidas é o Sul e o Sudeste. Existe a necessidades de políticas públicas para que o envelhecimento possa acontecer”, ressalta Isabelle.
Dimas Moura, influencer, contou que depois que se aposentou se deu conta de que os influenciadores digitais eram, em sua maioria mulheres, jovens, falando sobre moda, beleza ou gastronomia, mas que faltavam influenciadores que falassem com pessoas como ele sobre como envelhecer. A partir dessa reflexão, Dimas se tornou produtor e conteúdo e entrou para as 10 histórias de sucesso de pessoas que se reinventam depois dos 50 anos pela Forbes Brasil.
Jhennefer Bettero, do Escritório BB Rio de Janeiro I, tomou posse no BB há pouco mais de um ano e participou do encontro. “Foi uma experiência muito positiva participar do Conselho, como ouvinte, e ver que o BB está tratando a diversidade geracional no ambiente corporativo. Há a preocupação em abraçar a Geração Z, ao mesmo tempo em que há preocupação em lidar melhor com as outras gerações que vieram antes de nós”, disse.