Veículo: G1 | Página: Online| Seção: Notícias | Imagem: Reprodução Internet | Data: 13/10/21
Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,39%, a R$ 5,5366 – maior cotação desde abril.
Por g1
O dólar opera mais uma vez em alta nesta quarta-feira (13), na volta do feriado, após ter atingido na segunda-feira a maior cotação desde abril. No foco dos investidores, está a política monetária dos Estados Unidos, após dados de inflação norte-americanos mais fortes do que o esperado e antes da ata da última reunião do Federal Reserve.
Às 11h26, a moeda norte-americana subia 0,17%, vendida a R$ 5,5460. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 5,5585. Veja mais cotações
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,39%, a R$ 5,5366 – maior cotação desde o dia 20 de abril, (R$ 5,5563). Com o resultado, passou a acumular avanço de 1,67% no mês e de 6,74% no ano.
O Banco Central oferta neste pregão até 14 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em junho e setembro de 2022. A autarquia também fará leilão de swap tradicional para rolagem de até 15 mil contratos com vencimento em junho e setembro de 2022.
Cenário
Nos EUA, a inflação subiu com força em setembro e devem subir ainda mais nos próximos meses em meio a uma alta nos custos dos produtos de energia. O índice de preços ao consumidor subiu 0,4% no mês passado, após alta de 0,3% em agosto. Nos 12 meses até setembro, o índice aumentou 5,4%, após avançar 5,3% em agosto ante o ano anterior.
O dia também terá a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Na China, dados comerciais domésticos melhores do que o esperado amenizavam os temores de desaceleração econômica alimentados por uma crise de energia e pelo endividamento da Evergrande. As exportações saltaram 28,1% em setembro sobre o ano anterior, contra avanço de 25,6% em agosto.
Nos mercados de energia, os preços do petróleo operam em ligeira queda, trazendo alívio para os negócios, após reportagens sugerirem que as negociações nucleares com o Irã poderiam recomeçar ainda esta semana.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estão em Washington, onde participam das reuniões do G-20 e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington.
No Brasil, a alta dos preços também segue como motivo de cautela. Os analistas elevaram de 8,51% para 8,59% as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para o PIB (Produto Interno Bruto), os economistas esperam crescimento de anp5,04% para 2021. Para 2022, o mercado reduziu a previsão de alta de 1,57% para 1,54%.
O mercado financeiro passou a projetar em 8,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Com isso, os analistas seguem estimando alta dos juros neste ano. Para o dólar, a projeção para o fim de 2021 subiu de R$ 5,20 para R$ 5,25. Para o fim de 2022, a estimativa permanece em R$ 5,25.