Na crise econômica global de 2008, o Banco Central do Brasil (BCB) soube manter e fortalecer a solidez de nosso Sistema Financeiro Nacional com louvor, diferente do ocorrido em regiões desenvolvidas da Europa e dos Estados Unidos, onde a quebradeira e a fragilidade alcançou gigantes bancários e seguradoras.
Enquanto o mundo atravessou sua pior crise desde a grande depressão de 1929, o Brasil surfava na “m a ro l i n h a” do boom das commodities de 2009 a 2012, e os principais bancos públicos (BNDES, Caixa Econômica Fe d e ra l e Banco do Brasil) concediam crédito mais barato, e as já grandes instituições privadas (Bradesco e Itaú) passaram a adquirir seus concorrentes menores e estrangeiros.
Tudo parecia perfeito para o País na ilusão da “Nova Matriz Econômica” até encararmos a nossa própria crise a partir de meados de 2014. O BCB estava mais uma vez preparado para os solavancos do mercado e para o aumento da inadimplência (calotes) às instituições.
E de fato, o sistema reafirmou sua solidez, e quem mostrou dificuldades foi absorvido por instituições maiores.
Mas, atualmente, o resultado dessa concentração, que reduziu o País a apenas 5 grandes bancos de varejo – numa consequente falta de competição no mercado financeiro parece colocar a agenda de trabalho do Banco Central (Agenda BC+) sobre pressão.
Mesmo com a queda gradual da Selic desde outubro de 2016, de 14,25% para 6,5% ao ano (em março de 2018), o atraso pelos bancos na redução de juros na ponta – consumidores e empresas – está atrasando a retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Na última sexta-feira, o presidente do BCB, Ilan Goldfajn, em seu discurso na Conferência Risco Moral x Risco Sistêmico, em São Paulo, tocou na questão do aumento da concorrência.
Ele destacou a importância da regulação das financeiras tecnológicas de crédito (fintechs) e do “e m p o d e ra m e n t o” de instituições pequenas e médias. “Temos adotado a postura de deixar entrar, deixar competir e regular apenas quando necessário”, disse Goldfajn. Espera- se que a Agenda BC+ avance
Fonte: DCI – SP